1959 – Rua Cândido Mendes, entre as avenidas Coaracy Nunes e Mendonça Junior
As lojas eram de madeira, as bicicletas ficavam “estacionadas” na frente das lojas sem cadeado e ninguém roubava.
Categoria: Macapá antiga
Era assim a igreja de N.S.de Fátima
Ela foi construída por carpinteiros, pedreiros, pintores e auxiliares de serviços gerais que moravam no bairro da Favela (hoje bairro Central e Santa Rita)
A escola, que, na verdade era um barracão, servia também de local para as reuniões dos Marianos, das Filhas de Maria e para exibições de filmes.
Macapá era assim
A foto é de 1972. Ainda não havia o Teatro das Bacabeiras. O relógio instalado na calçada não marcava apenas as horas, mas sim o tempo de encontro entre amigos, colegas e namorados na Praça Veiga Cabral.
A promotora de Justiça Clara Banha morava num chalé em frente da praça. “Eu e meus irmãos ajudamos a molhar as arvores hoje existentes na praça”, contou.
No espaço onde hoje é o Teatro das Bacabeiras eram montados os circos que vinham para Macapá. Ali também aconteciam os arraiais de São José e de N.S.de Nazaré, com barracas de comidas típicas e guloseimas, a barraca da santa e os parquinhos com as tradicionais barquinhas, pescaria etc
(E por falar em Teatro das Bacabeiras aquilo tá uma vergonha)
As torneiras públicas de Macapá
As torneiras públicas como alternativa ao abastecimento de água potável nos primeiros anos do Território do Amapá
Por Renivaldo Costa
Nos primeiros anos do Território Federal (e mesmo antes) o abastecimento de água potável sempre foi um problema. Tanto que o trinômio proposto por Janary Nunes em seu programa de governo incluía o saneamento básico: educar, sanear e povoar.
Surge então a ideia das torneiras públicas, que foram instaladas a partir de 1945. Eram montadas em bases de concreto, em pontos estratégicos da cidade.
Essa torneira da foto, que pincei do blog do memorialista João Lázaro, ficava localizada na Praça Veiga Cabral, próximo a uma das velhas mangueiras da Avenida Presidente Vargas. Mas também me recordo de uma na calçada da Residência Oficial, na avenida Coriolano Jucá, e outra na calçada do Grupo Escolar Barão do Rio Branco.
Infelizmente nenhuma foi preservada, como memória do saneamento nos primeiros anos do Território Federal do Amapá. Aliás, o primeiro Sistema de Abastecimento de Água da cidade de Macapá, coletava água do Poço do Mato, declarado Monumento de interesse cultural do município, através do Projeto de Lei nº 037/93, aprovado na Câmara de Vereadores de Macapá.
Somente em 1971 era inaugurada a primeira Estação de Tratamento de Água (ETA) no bairro do Beirol, abastecida pelo Estação de Captação construída na orla da cidade, no Rio Amazonas. A segunda ETA foi construída em 1997, ao lado da primeira.
O abastecimento de água tratada ainda é um problema até hoje. Em 2020, o índice de população macapaense com acesso à água potável foi de apenas 37,56%, segundo estudo do Instituto Trata Brasil.
(Pesquisa realizada por Renivaldo Costa, jornalista e membro do Memorial Amapá)
Macapá era assim
Praça da Matriz em 1935 (hoje Veiga Cabral)
No coreto se apresentavam as bandas de música da Guarda Territorial e do Mestre Oscar. Foi ouvindo estas bandas que interpretavam de forma magistral clássicos da música que muitos casais começaram a namorar e casaram, aí pertinho do coreto mesmo, na bicentenária igreja de São José.
O poeta Arthur Nery Marinho – que veio para o Amapá em 1946 – chegou a tocar no coreto e relembrou a velha praça nesta poesia publicada no livro “Sermão de Mágoa”, em 1993.
Praça Antiga
Arthur Nery Marinho
Velha praça, velha praça,
tenho saudade de ti.
Não da bonita que estás
mas da que eu conheci.
A praça do tio Joãozinho
e do seu Naftali:
o primeiro era Picanço
e o segundo Bemerguy.
A praça do João Arthur
também a praça do Abraão,
a praça que outrora foi
da cidade o coração.
A praça em que se jogava
todo dia o futebol,
esporte que só parava
quando já dormia o Sol.
Parece que isto foi ontem,
mas tanto tempo passou,
o que deixou de existir
minha saudade gravou.
Vejo a barraca da Santa,
vejo ali o ABC.
Há muito tempo não existem
mas a minha saudade os vê.
Da igreja o velho coreto
eu avisto, neste ensejo.
Do mestre Oscar vejo a banda
e lá na banda eu me vejo.
Eu considero um castigo
não apagar da lembrança
o que me foi alegria
e agora é desesperança.
Velha praça, velha praça,
renovaste e linda estás.
Não tens, porém, a poesia
do que ficou para trás.
Macapá era assim
A foto é de 1970. Bairro da Favela (hoje bairro Central), avenida General Gurjão, que hoje chama-se Almirante Barroso.
Na esquina da Leopoldo Machado, vê-se de um lado o Rouxinol – uma famosa casa de bailes e onde se apresentavam no mês de junho quadrilhas e cordões de pássaros. Do outro lado a sede do Centro Espírita Frei Evangelista – que ainda existe – e caminhando no sentindo da Hamilton Silva, a casa de “seu Mané Pedro” e de “dona Maria Banha”. Na frente da casa da “Vó Itelvina” o caminhão do Siqueira.
“Vó Itelvina” curava a garganta da molecada com uma mistura de mel, andiroba e copaíba. Siqueira deixava a gurizada brincar na carroceria do seu caminhão.
Os eucaliptos perfumavam o bairro do Trem
Na escola Santina Rioli havia dezenas de pés de eucaliptos.
Quando batia o vento o perfume do eucalipto se espalhava por todo o bairro do Trem.
Ah, era tão bom!
Era assim o Mercado Central
Inaugurado em 13 de setembro de 1953 pelo prefeito Claudomiro de Moraes e governador Janary Nunes, o Mercado Central era assim:
Macapá era assim
Praça Veiga Cabral – o campinho de futebol e a Barraca da Santa, aparecendo ao fundo o Museu Joaquim Caetano da Silva.
Neste campinho, onde os jovens se reuniam a tardinha para bater bola, foram revelados grandes craques do futebol amapaense que fizeram a alegria das torcidas do Juventus, São José, Macapá e Amapá.