Marba está fora do país

O empresário Luciano Marba, que teve a prisão preventiva decretada hoje, está fora do país.
Marba saiu legalmente do Brasil na terça-feira, em avião da Alitalia que decolou às 15h do aeroporto internacional de Guarulhos (SP).

Juiz decreta prisão do empresário Marba

Foi decretada hoje, pelo juiz Matias Neto, a prisão  preventiva do empresário Luciano Marba, dono da LMS.
Agora há pouco um  sócio da LMS, Ademar Barbosa, foi preso ou detido. Ele estava na sede da empresa.
O empresário Marba não se encontrava no local. Informações extra-oficiais dão conta que Marba  viajou para a Grécia para acompanhar o filho – jogador de futebol – que assinou contrato com um clube de futebol de lá.

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Cabralzinho, um verdadeiro herói

CABRALZINO, um verdadeiro herói
Por Fernando Rodrigues*


fernandoAo alvorecer do dia 15 de maio de 1895, há 119 anos, a vila do Espírito Santo do Amapá (hoje, cidade de Amapá) era invadida por uma tropa da Legião Estrangeira vinda de Caiena, a capital da Guiana Francesa. Logo era constituída por homens adestrados na guerra, portando armas modernas, e quase sempre homicidas, pervertidos, falsários e traidores que nessa organização militar buscavam refúgio para a ocultação de seus delitos, porquanto para nela ingressar não se exigia bons antecedentes. Ali desembarcou em escales para prender Francisco Xavier da Veiga Cabral, conhecido por Cabralzinho por ser franzino e de baixa estatura. Esse brasileiro nascido na cidade de Belém, após tumultuada e controversa participação na política partidária do Estado, imigrara para a região do Contestado Franco-Brasileiro onde passou a desenvolver atividades comerciais. Fazia parte da junta governativa denominada de Triunvirato criado para garantir a ordem pública e os interesses nacionais, enquanto a França não desistia da extemporânea reivindicação sobre parte das terras da antiga capitania do Cabo do Norte.
Foi como a principal autoridade desse colegiado que Cabralzinho à frente de 14 milicianos empunhando encanecidos armamentos interpelou o comandante dos invasores, o capitão Lunier, e o matou durante luta corporal. Os legionários em maior número reagiram e Cabralzinho e companheiros trocando tiros com eles, recuou para a orla da mata mais próxima para contra-atacar com auxílio de gente que mandara convocar na região dos garimpos. Os inimigos sobreviventes percebendo que poderiam ficar encurralados fugiram, antes assassinaram velhos, mulheres e crianças, decisão cruel e covarde que justificava a índole da soldadesca. Foi tudo muito rápido e se os brasileiros não puderam vingar seus mortos, a Nação Brasileira reconheceu o heroísmo dos que combateram e o governo da República levou a questão ao arbítrio internacional que resultou no célebre Laudo Suiço em 1º de dezembro de 1900, que ratificou o rio Oiapoque como a fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa.

*Fernando Rodrigues é professor, historiador e escritor

Ministério Público denuncia empresário por corrupção

Nesta sexta (9), o Ministério Público do Estado do Amapá (MP-AP), por meio da Promotoria de Justiça de Investigações Cíveis, Criminais e Defesa da Ordem Tributária (PICC), deu entrada em duas denúncias contra o empresário Luciano Marba Silva, sócio majoritário da empresa LMS – Vigilância a Segurança Privada Ltda.

As denúncias são decorrentes de filmes apreendidos, no dia 23/10/2013, por ocasião das buscas realizadas na casa de Luciano Marba e na sede da empresa LMS. No primeiro vídeo, filmado pelo próprio empresário, no final de maio de 2011, ele aparece entregando R$ 100.000,00 (cem mil reais) para Edilberto Pontes Silva, esposo da então secretária de Educação do Estado, Miriam Alves Correa Silva, para tentar impedir que o Governo do Amapá colocasse em prática um estudo realizado pela Secretaria de Estado da Educação (SEED), que previa uma economia de R$ 800 mil reais, por mês, com a contratação dos serviços de vigilância nas escolas, o que implicaria na não renovação do contrato com a LMS.

O outro filme, também feito por Luciano Marba, em fevereiro de 2012, durante o procedimento licitatório da SEED para a contratação de serviços de vigilância das escolas da rede estadual, ele aparece entregando R$ 15.000,00 (quinze mil reais) para Bruno da Costa Nascimento, assessor jurídico da Comissão Especial de Licitação da secretaria. Neste filme, o empresário, juntamente com o sócio de sua empresa, Admar Barbosa da Silva, negociam com Bruno Nascimento a alteração de cláusulas do edital,  objetivando favorecer a LMS e, ainda, a necessidade do Presidente da CPL, Eliomar Sosinho Ribeiro, rejeitar um recurso apresentando pela empresa Vigex – Vigilância e Segurança Privada Ltda.

No primeiro caso, os vídeos foram utilizados por Cleobernaldo Ribeiro Leite, que além de Policial Civil, trabalha na LMS, para a prática de extorsão contra os funcionários públicos filmados.

Para os Promotores de Justiça responsáveis pelas investigações, Luciano Marba Silva praticou, como autor ou co-autor, vários crimes dentre os quais: corrupção ativa, corrupção passiva, extorsão, afastar interessados à licitação e formação de quadrilha.

(Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Estado do Amapá)

Copa 2014 – Colaboradores do blog

Como todo brasileiro é técnico e comentarista de futebol, o blog abre espaço na página principal para você comentar, dar sua opinião e notícias sobre a Copa do Mundo. Você pode fazer uma coluna, escrever artigos, escrever crônica, propor debates… enfim, o que você quiser.
Que tal? Gostou da ideia? Quer ser colaborador do blog a partir de hoje até o final da Copa da Mundo? Então mande um email para [email protected] e conversaremos melhor sobre isso.

Mecon atrasa salários dos seus funcionários e culpa o Governo

Um acordo judicial, firmado no mês de abril, entre a Mecon Comércio e Serviços, do ramo de fornecimento de refeições, e o Ministério Público do Trabalho (MPT) resultará na doação de um veículo novo, no valor de R$ 165 mil, à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/AP), para auxílio na fiscalização do trabalho. A empresa foi alvo de execução ajuizada pelo MPT por descumprir cláusulas de Termo de Ajuste de Conduta (TAC), documento extrajudicial, assinado em 2012.

No TAC pactuado com o Ministério Público do Trabalho, a Mecon, que já vinha sendo investigada em inquérito civil instaurado em 2011, se comprometia: a quitar os salários dos seus empregados até o 5º dia útil de cada mês, recolher mensalmente o percentual referente ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS), não mais exigir que os empregados assinassem em contracheque data diferente da do efetivo recebimento dos salários e a não celebrar, no momento da rescisão contratual, acordo para que o trabalhador devolva a multa de 40% do FGTS.

Em fiscalização realizada pela SRTE/AP na empresa, foi constatado o descumprimento dos dois primeiros itens do Termo de Ajuste de Conduta, relativos ao pagamento de salários e recolhimento do FGTS. O MPT requereu, então, à Justiça do Trabalho que a Mecon fosse obrigada a cumprir as cláusulas desrespeitadas e a pagar a multa decorrente do descumprimento. A 8ª Vara do Trabalho de Macapá acatou o pleito ministerial, expedindo à empresa mandado de cumprimento da integralidade dos pedidos feitos pelo MPT na execução, sob pena de multa mensal de R$ 15 mil por obrigação descumprida acrescida de R$ 1 mil por trabalhador prejudicado.

Em audiência na sede do MPT em Macapá, a Mecon alegou que o atraso nos salários dos funcionários foram decorrentes da demora no repasse de pagamentos pelo Estado do Amapá, tomador dos serviços da empresa, mas informou que iria cumprir a ordem judicial no prazo concedido. As partes acordaram, então, a reversão da multa, requerida na execução, na compra de um veículo à SRTE/AP e o imediato cumprimento pela ré dos itens descumpridos do TAC.

(Ministério Público do Trabalho)

Procura-se um pen drive

– Hedynus  vai  lançar um CD, mas ainda é segredo. Confidenciou José a Dona Maria.
No dia seguinte, Dona Maria já tinha espalhado na aldeia toda que Hedynus ameaçava lançar um CD.

Uns ficaram torcendo para que o  “evento cultural” não tardasse a acontecer naquela aldeia carente de programações culturais. E sonhavam com um grande show em praça pública, sorteio de CDs e apresentação do cantor Mascarado – que anos atrás animou um comício político e fez todo mundo rir com suas palhaçadas no palco.
Um fã de carteirinha até lembrou das palavras de Hedynus na abertura do show: “Eu canto porque o momento existe e só depende de você ser alegre ou triste”. Uau!

Outros ficaram preocupados diante da ameaça de ouvir dia e noite nas emissoras de rádio aquele tipo de música (Sim. Dia e noite porque a gravadora, embora fosse de fundo de quintal, tinha um bom dinheiro para pagar o jabaculê). Fora isso, o CD tocaria a todo volume nas domingueiras dos clubes e rodaria a aldeia de madrugada nos carros dos pleiboizinhos.
Um crítico musical, numa rodada de cerveja no bar do turco, perguntou:
– Não se oferece nada que preste aos jovens dessa aldeia?
Foi aplaudido por uns e contestado por outros.

As opiniões na aldeia se dividiam. “Aquilo não é arte“, diziam uns. “Deixa o cara cantar, tem gosto pra tudo”,diziam outros. E tinha aqueles que falavam “é ruim pra ouvir, mas é bom pra dançar.” E não faltava quem dissesse que era uma boa sugestão de presente para o inimigo.
Pois bem, durante algum tempo na pequena aldeia a ameaça ou anúncio de um novo CD de Hedynus era assunto em todas as rodas.
Depois outros assuntos entraram na pauta e o CD caiu no esquecimento.
Mas eis que de repente o assunto volta à baila.
Foi numa manhã chuvosa. Quem ligou o rádio de manhã cedinho, ouviu o cantor  chorando copiosamente no rádio informando que um pen-drive com suas músicas inéditas (as tais músicas do próximo CD) tinha sumido da sua casa.
E todo mundo começou a especular.
– Isso é jogada de marketing
– Ele tem uns amigos larápios, vai ver que foi um desses amigos que roubou
– É isso que dá andar mal acompanhado
– Graças a Deus estamos livre da ameaça
– Dizem que a polícia confundiu com droga e apreendeu.
Foi tanta coisa que falaram. Chegaram até a suspeitar de uma autoridade. Lá mesmo, no bar do turco, um maledicente disse que o sonho da tal autoridade era ser cantor de sucesso, aparecer no fantástico e no faustão, por isso inventou uma tal de operação que invadiu a casa do astro com a desculpa de investigar uma denúncia, mas na verdade era para afanar o pen-drive de músicas inéditas para se apropriar delas e quando se aposentar sair por aí, por esse Brasilsão fazendo shows nos melhores teatros e quiçá na Europa.

Todos se calaram quando adentrou o bar do turco um fã de Hedynus com o rosto molhado de lágrimas.
O moço contou que as paredes do seu quarto são cobertas com posters do cantor. “Mais jovem, porém com a mesma boniteza”, ressaltou. E propôs, ali mesmo no bar, que fosse feita  a campanha   “Devolve o pen-drive”. Pregariam cartazes com essa frase em todos os postes, árvores, muros, escolas, mercearias e bares da aldeia.

Ninguém contestou. Não porque apoiasse a campanha, mas porque o amor do fã pelo seu ídolo deixou todos emocionados. Um vereador, para animar o fã, disse: “Se fosse comigo eu diria: me tirem o mandato, a honra, a vida, se preciso, mas devolvam meu pen drive.”
E enquanto o fã, munido de pincel atômico e cartolina, preparava os cartazes, o ídolo se embalava tristemente numa rede folheando um surrado exemplar de “Quem mexeu no meu queijo”, obra que por muito tempo foi seu livro de cabeceira.