Publicidade era assim

Anúncio publicado em novembro de 1957, na página 15 da Revista Rumo

A Casa Olímpia pertencia ao Raimundo Pessoa Borges, mais conhecido como Marituba, pessoa muito querida e um dos primeiros árbitros de futebol do Amapá.

Há 53 anos – Passeata dos Cem Mil

26/06/1968 – Passeata dos Cem Mil no Rio de Janeiro contra a ditadura
Nesta foto aparecem Carlos Scliar, Clarice Lispector, Oscar Niemeyer e Milton Nascimento
Vladimir Palmeira discursa na Candelária (RJ) para 100 mil pessoas
Itala Nandi, Gilberto Gil e Chico Buarque

Participaram também Glauber Rocha, Caetano Veloso, Nana Caymmi, Torquato Neto, Tônia Carrero, Paulo Autran, Marieta Severo, dentre outros artistas.

(Fotos: acervo IMS

Vovozinhas que curam

Quem nunca conheceu uma velhinha ou teve uma avó ou vizinha de “mãos mágicas” que rezava em cima da rasgadura, “puxava” barriga de grávida e dava jeito em pé desmentido?

Na minha rua tinha uma vizinha chamada Otília (foto ao lado). Era um doce de pessoa. Com suas mãos mágicas curava rasgadura nas costas.
Era assim: encostava um pedacinho de pano branco na costa da pessoa e com  uma linha branca enfiada numa agulha fazia uma costura imaginária e ia rezando. Não lembro a oração que ela fazia. Mas que dava certo, ah isso dava!
Deu certo comigo.

Centro Cultural Illan do Laguinho será inaugurado quarta-feira

No dia 12 de maio, data em que completaria 61 anos de idade, Illan do Laguinho ganhará um espaço, no bairro de São Lázaro, onde foi sua residência, em homenagem à memória e a perpetuação de seus trabalhos sociais, artísticos e culturais feitos dentro de Macapá, e em outros lugares do Brasil.

O Centro de Formação Político e Cultural Illan do Laguinho, terá espaços que contemplam a arte, cultura, educação infantil, ações sociais com a participação popular e geração de emprego e renda através de oficinas e cursos.

Um outro espaço dentro do centro cultural, será o Memorial Illan do Laguinho, que servirá para manter viva a história e o legado do artista. No memorial, será possível encontrar registros fotográficos, acervos e peças originais do artista como; vestuário, discos, letras de músicas, instrumentos musicais, CDs, DVDs, entre outros.

Idealizado pelo seu irmão Claudiomar Rosa e familiares, o centro, que fica situado no Bairro do São Lázaro, em Macapá, foi a residência onde Illan do Laguinho morou por mais de vinte anos, e construiu sua história ao lado de sua família.

Claudiomar Rosa, arte educador, produtor cultural, músico, compositor, e hoje vereador de Macapá, teve em seu irmão muitas inspirações nas composições que fizeram juntos, e em suas produções culturais.

“A ideia do centro é deixar o Illan sempre presente, como inspiração para amigos, amigas, filhos e toda família. Toda sua militância como conselheiro, como artista, como pessoa, como profissional da segurança pública, ficou um legado imenso e uma saudade muito grande. E essa forma de deixá-lo presente, foi fazer esse centro com o seu nome, abordando toda sua vida. É um espaço de cultura, de atividades para crianças e acolhimento aos que mais necessitam. Então esse centro foi muito bem pensado com a cara do Illan.  É uma homenagem com sua essência,” disse Claudiomar.

Illan do Laguinho
Aparado pelas mãos da parteira “tia” Izabel Cardoso do Nascimento, mãe da saudosa “Tia Fé”, nascia em Macapá, no dia 12 de maio de 1960,  nos campos do Laguinho, aos arredores do “Poço da Boa Hora, José Illan Rosa da Silva.

Pai de cinco filhos e casado com a dona Maria das Graças, desde 1985, Illan trilhou vários caminhos na vida pública, começando em 1982, como motorista e chegando ao cargo de policial civil, incentivando a graduar-se no curso de bacharel em direito, em 2007, e pós-graduando em práticas processuais.

Em 2011, Ilan é eleito conselheiro tutelar da zona norte de Macapá, chegando em 2014, a assumir a presidência do colegiado.

Seus primeiros passos no universo artístico foram dados a partir dos sete anos e aos doze de idade, Illan participou do concurso de calouros do programa de rádio apresentado por Arnaldo Araújo, na Sede dos Escoteiros do Trem.

Já no carnaval, estreou como ritmista dentro de Piratas Estilizados, e em 1984, dentro da agremiação, venceu como compositor seu primeiro festival de samba, com o enredo em homenagem ao bairro do Laguinho. A partir daí, participou de diversos festivais, dentro do carnaval amapaense e também carioca, na Imperatriz Leopoldinense, onde fazia parte da ala dos compositores.

Illan é autor da música “negro de nós”, escrita exclusivamente para a banda do mesmo nome.  A música  tinha a princípio, o título de “Dandara”, e que, a pedido da banda, virou “Negro de Nós”, tornando-se um sucesso no Brasil.

Um dos seus últimos trabalhos é o samba de exaltação a Boêmios do Laguinho gravado ao lado de Francisco Lino, Osmar Jr., Meio Dia da Imperatriz e Claudiomar Rosa.  Illan nos deixou em 10 de maio de 2015.

A inauguração do Centro de Formação Político e Cultural Illan do Laguinho ocorrerá através de live nesta quarta-feira, dia 12 de maio, às 20 horas, pelo facebook do Centro Illan do Laguinho.

(Cláudio Rogério)

Figuras históricas do Amapá estão registradas em processos judiciais

Dando continuidade nas pesquisas e acervo históricos contidos em documento da Justiça Amapaense, os servidores do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) Michel Duarte Ferraz (Museólogo) e Marcelo Jaques de Oliveira (Historiador) durante análise documental, encontraram um processo de 1925 intitulado “Autos Cíveis de Justificação para Declaração, por sentença, de domicílio”, no qual atuou como Juiz de Direito o Dr. Álvaro de Magalhães Costa.

Nessa ação figuraram como partes Jerônimo Bernardo da Rosa (requerente – quem faz o pedido), representado por seu advogado Raymundo Agostinho Nery, e do lado oposto o Coletor Estadual de Impostos, Pedro Álvares de Azevedo Costa, e o adjunto do Promotor Público, Benedito João do Couto Torrinha.

Segundo o historiador Marcelo Jaques de Oliveira, a ação teve como objeto a solicitação, por parte de Jerônimo Bernardo da Rosa, do domínio de propriedade conforme descrito nos autos como “uma pequena sorte de terras devolutas situadas nesta cidade de Macapá à rua Barão do Rio Branco, outrora Conde d’Eu, cujas confrontações e extensão são as seguintes: duas braças e meia de frente para esta rua e trinta de fundo, até uma rua sem nome…”, terras originalmente pertencentes ao Governo do Estado do Pará.

O servidor Marcelo Jaques destaca que, nesse conflito, as discussões giraram em torno dos efeitos de usucapião (aquisição do direito de propriedade sobre um bem móvel ou imóvel pelo seu uso durante um certo tempo) em terras público-devolutas, bem como a competência do juiz e do promotor público da Comarca de Macapá para atuar na demanda envolvendo propriedades do Estado.

O historiador informa ainda que nos autos o requerente alega ter adquirido a posse das ditas terras desde o ano de 1881(ainda no Período Imperial), as quais teriam sido compradas da “mulata Lucinda, escrava do Coronel Procópio Antônio Rolla Sobrinho” (figura pública de destaque na Macapá de finais do século XIX), transação esta realizada sob o consentimento de seu senhor.

O processo indica que o cartório em que teria sido registrado o negócio, em 1881, estava situado na Rua do Príncipe, Comarca de Macapá, tendo como tabelião Manoel Picanço Pereira. Revela ainda a participação do Coronel Coriolano Filnéas Jucá (que quatorze anos mais tarde seria o primeiro intendente do Município de Macapá) como uma das testemunhas da transação de compra e venda.

O museólogo Michel Duarte Ferraz destaca que essas fontes dão um pequeno panorama da sociedade “amapaense” em cada período histórico, apresentando um pouco de suas relações sociais, econômicas, políticas e culturais, bem como suas interações com a justiça. “Essa análise documental fornece amostras de expressões usuais de cada época, assim como nomes de figuras que outrora exerceram grande influência na região, tanto política quanto econômica, e que por sinal hoje nomeiam muitas das principais ruas do nosso Estado”, relata.

Nos documentos apresentados é possível destacar muitas denominações de logradouros públicos presentes nas antigas comarcas do espaço Amapaense, desde o período Imperial até o Território Federal do Amapá, “como o Cartório da Comarca de Macapá, que no ano de 1881 localizava-se na Rua do Príncipe, ou mesmo que no ano de 1925 as audiências da justiça eram realizadas na sala de audiência do juízo, no Paço Municipal, e os editais de convocação afixados na porta da Intendência Municipal”, observa o servidor, acrescentando que “a propriedade do processo destacado acima, localizava-se na Rua do Barão”.

Michel Ferraz explica que, por meio do processo em pauta, foi possível fazer uma leitura e análise a partir de diversos temas, como: escravidão; processo de transição do Período Imperial para o Republicano; legislações pretéritas e suas mudanças e conflitos ao longo do tempo; questão agrária e patrimonial; ocupação/modificação/transformação urbana; costumes; política e relações de poder; e as relações entre o Poder Judiciário e a sociedade amapaense, “entre outros que se fazem importantes para a compreensão da própria formação histórica da justiça amapaense”.

(Fonte: TJAP) 

Aos 97 anos, morre o jornalista Lóris Baena, sócio mais antigo da ABI

Mais antigo sócio da ABI – Associação Brasileira de Imprensa – o jornalista esportivo Lóris Baena Cunha, de 97 anos, morreu nesta sexta-feira (5/3), Dia do Cronista Esportivo, na Casa de Saúde São José, no Humaitá, zona sul do Rio de Janeiro. Ele lutou bravamente durante duas semanas contra uma pneumonia aguda que o deixou em estado grave na UTI.

Lóris foi muito amigo do meu pai, o jornalista Alcy Araújo. Os dois trabalharam juntos em Belém do Pará, cidade onde ambos iniciaram a carreira jornalística. Meu pai veio para o Amapá, Lóris foi para o Rio, mas não perderam o contato. Quando meu pai morreu em 1989, Lóris manifestou toda sua tristeza pela perda do amigo.
A última vez que falei com ele acho que tem uns dois anos. O meu amigo jornalista amapaense Ramilton Farias estava no Rio de Janeiro, em um evento, do qual Lóris também participava e de quem era também amigo. Ramilton me ligou para dizer que estava com Lóris, passou o telefone a ele e batemos um longo e alegre papo, no qual ele me contou algumas peripécias do meu pai e falou da grande amizade que os unia.

Fundador da Acerj
Além de pertencer a ABI, Lóris era o último sócio-fundador ainda vivo da Associação de Cronistas Esportivos do Estado do Rio de Janeiro (Acerj), que completa nesta sexta 104 anos.“Cumpro o doloroso dever de informar o falecimento do sr. Lóris Baena Cunha. Morre no dia do aniversário da Acerj, era o último sócio-fundador vivo”, anunciou o presidente da Acerj e ex-conselheiro da ABI, Eraldo Leite.

Vida e obra
Anunciando a morte de Lóris Baena, o portal da ABI ressaltou a vida e obra dele.
Eis:
Vida e obra do velho cronista esportivo
Natural de Belém (PA), o jornalista Lóris Baena Cunha começou sua carreira em 1945 no jornal Folha do Norte e na Rádio Clube do Pará. Em 1947, veio para o Rio de Janeiro, onde atuou no jornal Folha Carioca. Mudou-se em seguida para São Paulo, onde atuou no Mundo Esportivo. Em 1955, de volta ao Rio, trabalhou na Luta Democrática, quando filiou-se à ABI.

Como cronista esportivo, Lóris tinha orgulho de ter assistido ao primeiro gol de Pelé pelo time do Santos, em 7 de setembro de 1956, contra o Corinthians de Santo André. Mas sua maior alegria era ter entrevistado Charles Muller, o introdutor do futebol no Brasil, entre outros grandes craques e centenas de jogadores, dirigentes e técnicos de grandes times e seleções.
Em 1963, Lóris Baena fundou a Organização Brasileira Esportiva (OBE), uma agência de notícias dedicada ao mundo dos esportes que dirigiu durante 30 anos. Ainda na década de 70, foi representante da Rádio Brasil de Campinas. Detentor de diversos diplomas no jornalismo esportivo, representou a crônica esportiva em mais de 20 congressos pelo país.
Além de fundar a Acerj, foi sócio-fundador da Aceb – Associação de Cronistas Esportivos do Brasil e da Abrace – Associação Brasileira de Cronistas Esportivos. Foi sete vezes agraciado com a Bola de Ouro, importante prêmio da crônica esportiva, além do Troféu Mané Garrincha e da Comenda Mauro Pinheiro.
O trabalho de Lóris não se limitava à crônica esportiva no rádio. Ele ainda escreveu diversos livros sobre esportes e poesias, como ‘Sonhos de Amor’ e ‘Temas da Vida’ – este último, sobre os clubes de futebol cariocas. Suas poesias também estão estampadas desde 2010 na Sala de Memória do Futebol Brasileiro, no Estádio do Maracanã.”