É preciso fazer vigília para que mal intencionados não coloquem em risco a Lava Jato, diz o senador Randolfe

O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), em nota divulgada na tarde de hoje, afirma que todos os seus dados financeiros e de suas campanhas estão disponíveis e que nunca recebeu nenhum valor da Odebrecht ou de qualquer empresa ligada a ela.
Randolfe – que apóia a Operação Lava Jato e defende novas eleições – alerta que “no momento, é importante manter vigília e cuidar para que pessoas mal intencionadas não busquem meios sujos para por em risco a maior operação de combate à corrupção da história do país.”

Leia a nota

“Sobre a menção ao nome “Randolfo” e possível relação que estão fazendo a minha pessoa, informo que todas as doações para minha última campanha (2010) totalizaram 189.650, nunca recebi, a título pessoal ou em campanha, nenhum valor da referida empresa ou de qualquer outra a ela relacionada. Não conheço, tenho ou tive contato com qualquer pessoa da Odebrecht, seja de qualquer nível e nunca agi no parlamento para atender interesses privados de quem quer que seja. Todos os meus dados financeiros e de minhas campanhas já estão disponíveis às autoridades. Neste momento, é importante manter vigília e cuidar para que pessoas mal intencionadas não busquem meios sujos para por em risco a maior operação de combate à corrupção da história do país.
Senador Randolfe Rodrigues”

Minha opinião
O senador Randolfe Rodrigues é um dos políticos mais sérios e íntegros que conheço. E digo isso de cadeira. Pois como jornalista há mais de 40 anos cobrindo política já vi de tudo ou quase tudo nesse meio. Sei como agem os catitas, sei quem são os patifes disfarçados de defensores do povo, sei quem são os falam em democracia mas agem como ditadores, sei (com base em operações da Polícia Federal) quem são os que se apropriam da coisa pública. Sei quem são os ingênuos (sim, na política ainda existe alguns assim), sei os que cometem erros por ignorância e não por má fé.
E sei também quem são os  íntegros, honestos, verdadeiros, preparados, retos de caráter. Estes fazem parte de uma minoria. Randolfe é um deles.

Moro põe sob sigilo superplanilha da Odebrecht

Do Estadão

Por Fausto Macedo, Julia Affonso, Mateus Coutinho e Ricardo Brandt

23/03/2016, 14h20

O juiz federal Sérgio Moro decretou nesta quarta-feira, 23, sigilo sobre a superplanilha da Odebrecht que cita dezenas de políticos e partidos como supostos destinatários de valores da empreiteira. O magistrado pediu ao Ministério Público Federal que se manifeste sobre ‘eventual remessa’ da documentação ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O documento aponta uma longa sucessão de transferências para deputados, senadores, prefeitos, governadores e agremiações políticas.

Inicialmente, a Acarajé estava sob sigilo. Depois que a operação foi deflagrada, em fevereiro, o magistrado afastou o sigilo dos autos, como tem feito desde o início da Lava Jato.

Nesta quarta-feira, ao constatar que a lista contém ‘registros de pagamentos a agentes políticos’, Moro restabeleceu o sigilo nos autos.

“Prematura conclusão quanto à natureza desses pagamentos. Não se trata de apreensão no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht e o referido Grupo Odebrecht realizou, notoriamente, diversas doações eleitorais registradas nos últimos anos”, argumentou o juiz. (Leia a matéria completa aqui)

Documentos da Odebrecht citam mais de 200 políticos

Documentos apreendidos pela Polícia Federal no dia 22 de fevereiro  na 23ª fase da operação Lava Jato apontam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos.  O material foi apreendido dia 22 de fevereiro em dois endereços no Rio de Janeiro, mas só ontem foram tornados públicos.
O jornalista Fernando Rodrigues postou há pouco no seu blog matéria completa com as planilhas, os nomes e apelidos dos políticos e valores. Veja aqui

Telefone mudo – Teori decreta sigilo das interceptações telefônicas

Relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Teori Zavascki determinou ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações na primeira instância, a remessa de todos os procedimentos investigatórios sobre o ex-presidente Lula ao Supremo, inclusive as interceptações telefônicas que sacudiram o país na semana passada. (Leia a matéria completa aqui)

Departamento de propina

Do Congresso em Foco

Odebrecht fará colaboração “definitiva” com investigação

A empreiteira Odebrecht, investigada na Operação Lava Jato, informou hoje (22) que decidiu colaborar de forma “definitiva” com a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF), que cuida das investigações. Os executivos da empresa deverão fazer acordos de delação premiada.

Em comunicado chamado “Compromisso com o Brasil”, divulgado pela empresa diante do cumprimento de mandados de busca e apreensão e de prisão da 26ª fase da Lava Jato, deflagrada hoje, a Odebrecht diz que a decisão foi tomada após avaliações e reflexões de acionistas e dos executivos.

De acordo com os procuradores do Ministério Público Federal, a empreiteira tinha um departamento responsável pelo pagamento de propina. (Leia mais)

Rosa Weber vai relatar habeas de Lula

Do Congresso em Foco
Fachin se declara suspeito e Rosa Weber vai relatar habeas de Lula

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin declarou-se nesta segunda-feira (21) suspeito para julgar um dos habeas corpus apresentados na corte em favor do ex-presidente Lula. Ele chegou a se manifestar em uma outra ação, mas acabou devolvendo o outro processo à presidência da corte para redistribuição do caso. Assume a relatoria a ministra Rosa Weber.

Fachin explicou que tem relação pessoal com uma das pessoas que assinaram a ação. A assessoria do ministro informou que ele é padrinho da filha de um dos advogados da causa. A defesa de Lula apresentou o recurso para derrubar decisão do ministro Gilmar Mendes, proferida na última sexta-feira (18), que barrou a posse do ex-presidente na Casa Civil.

“Declaro-me suspeito com base no art. 145, I, segunda parte, do Código de Processo Civil, c.c. o art. 3º do Código de Processo Penal, em relação a um dos ilustres patronos subscritores da medida.”, justificou Fachin. Ontem (20), a petição da defesa do ex-presidente Lula foi endereçada ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski. No entanto, na manhã desta segunda-feira, Lewandowski decidiu distribuir o habeas corpus eletronicamente, por entender que o assunto não é de competência da presidência do tribunal.

Além dos advogados de defesa do ex-presidente Lula, seis juristas assinam a ação protocolada no STF: Celso Antônio Bandeira de Mello, Weida Zancaner, Fabio Konder Co

Comparato, Pedro Serrano, Rafael Valim e Juarez Cirino dos Santos. Antes de se declarar suspeito em um dos casos, Fachin negou seguimento a outro habeas corpus, assinado por Samuel José da Silva.

O habeas chegou para a ministra Rosa Weber por meio de sorteio eletrônico. Em 4 de março, ela negou pedido da defesa do ex-presidente para suspender as investigações da 24ª fase da Operação Lava Jato, que envolve Lula. No recurso, os advogados de Lula pediram que as diligências fossem suspensas até que o STF decidisse sobre o conflito de competência sobre as investigações. Para a defesa, as investigações não poderiam prosseguir porque o Ministério Público de São Paulo e o Ministério Público Federal no Paraná, no âmbito da Lava Jato, investigam os mesmos fatos.

Com informações da Agência Brasil