Quer saber tudo que rola nos desfiles das escolas de samba? Então sintoniza na 93 FM.
A Equipe Padrão da Rádio Amapá FM – 93 faz a cobertura ao vivo dos desfiles. A equipe é composta por Ivo Canutti, Solângelo Fonseca, Milton Corrêa, Rostan Martins, Alcinéa Cavalcante, Carlão e Fabrício Picanço.

Depois do café, aqui estou de volta. Mas morrendo de sono (portanto, desculpem se o texto não ficar bom). Vou contar um pouco do que aconteceu e postar algumas fotos. Depois vou dormir e quando acordar volto para contar mais um pouco e postar outras fotos.

Então, vamos lá:
Não foi um grandioso espetáculo, não foi uma maravilha. Mas no geral pode-se considerar que o primeiro dia de desfile das escolas de samba foi bom. Foram duas escolas do grupo de acesso (Embaixada e Solidariedade) e três do grupo especial (Jardim, Império do Povo e Maracatu da Favela)
O descrédito da Liesa e o alto preço dos ingressos afastou o público. Uma das arquibancadas de metal ficou praticamente vazia. Na área Vip (que de vip não tem nada) teve briga, mas o Bope agiu e levou os brigões pro xilindró.

O desfile foi aberto pela Embaixada de Samba Cidade de Macapá, que ficou muito aquém das expectativas. A escola se apresentou no Sambódromo pobre-pobre-pobre de maré-de-si. Fantasias de TNT desmanchando na avenida, alegorias sem criatividade e mal acabadas e os brincantes sem nenhuma empolgação. A escola não desfilou, apenas passou tamanha era a frieza. Mas merece destaque a Comissão de Frente, com uma fantasia bem elaborada e boa coreografia. Talvez este tenha sido o único quesito que realmente foi trabalhado.

Solidariedade apresentou um carnaval modesto, porém bastante superior à Embaixada e, mesmo com a falta de público a escola entrou empolgada na avenida. Não cometeu muitos erros. Pode subir pro grupo especial.

Terceira escola a desfilar – e já com um público razoável – Jardim Felicidade pecou no enredo, mas teve boa evolução, harmonia, alegorias e fantasias mais trabalhadas que as duas escolas anteriores, maior número de brincantes, passou compacta e animada. Destaque para o casal de mestre-sala e porta-bandeira: Felipe e Vanda.

Império do Povo surpreendeu. Desenvolveu bem o enredo, apresentou alegorias grandiosas e bem acabadas, bateria nota dez, fantasias com bom padrão. Dizia-se no Sambódromo que  Império do Povo entrou na avenida mostrando que veio mesmo para disputar o título. Não deve ganhar, mas até pode se manter no grupo especial. O casal de mestre-sala e porta-bandeira foi um fracasso.

Maracatu da Favela, a minha escola querida, entrou empolgando a torcida e ouvindo o grito de “é campeã”. A comissão de frente foi perfeita, a bateria de mestre Riba impecável, inovou em alegoria saindo das mesmice do quadrado e das saias. Fantasias luxuosas e bem acabadas, mas… sempre tem um “mas” no caminho…  a terceira alegoria apresentou problemas, os diretores de harmonia foram ao desespero, alas tiveram que ser mudadas de lugar prejudicando o desenvolvimento do enredo na avenida. Conclusão: a partir da terceira alegoria – que com muito custo entrou – parecia que era uma outra escola, sem empolgação. A quebra do carro, prejudicou o enredo, a harmonia e a evolução. Dizem os verde-rosa que foi “feitiço” do índio do Boêmios do Laguinho. Um feitiço bem feito que quebrou a perna do vice-presidente da escola, delegado Claudionor Soares, e a alegoria da escola.

Acabei de chegar do Sambódromo, estava trabalhando na cobertura, fazendo parte da Equipe Padrão da 93 FM.
Vou tomar um café e já volto para contar como foi o primeiro dia de desfile das escolas de samba.

Ordem do desfile

Hoje, dia 13 – sábado
22h – Embaixada de Samba Cidade de Macapá
23h30 – G.R.I.S. Solidariedade
1h – E.S.M.I. Jardim Felicidade
2h30 – A.R.E.S. Império do Povo
4h – G.R.E.S. Maracatú da Favela

Amanhã, dia 14 – domingo
22h – G.R.E.S. Emissários da Cegonha
23h30 – G.R.C.A.S. Unidos do Buritizal
1h – G.R.E.S. Piratas Estilizados
2h30 – A.R.C.E.S. Piratas da Batucada
4h – A.U.S. Boêmios do Laguinho

Comissão julgadora

Enredo
Maria Izabel de Silva e Silva Fonseca
Lane Gleide Vale de Souza
Ana Patrícia Dias da Cunha Nepomuceno
Ana Claudia Barbosa dos Santos

Samba de enredo
Maria Doraci Guedes Rodrigues
Alcyr Jackson Soares da Silva
José Maria Cardoso Cruz
José Helder de Souza Brandão

Bateria
Vera Lucia vigário da Costa
Jorge Luiz Siqueira Moraes
João Fernandes Monteiro
Marcus Titus Trindade de Assis

Alegorias
Claudete Nascimento Machado
Heloneida Pantoja Correa
Rosemere da Silva Pires
Joelma de Souza Costa Mendes

Fantasias e adereços
Aldrin Vianna de Santana
Joaquim César da Veiga Netto
Katiane do Nascimento Souza
Hugo Santos de Castro

Comissão de frente
José Ricardo Borges Vasconcelos
Simone Barreto de Sousa
Tatiane Prado Caldas
Jesunilson Cruz do Rosário

Mestre sala e Porta bandeira
Paulo César Alfaia Neves
Wellington Douglas dos Santos
Valda Nascimento de Oliveira de Barros
Andrezza Alexander Coelho

Evolução
Sebastiana Maria Rodrigues Batista
Rita de Cássia Leão Delgado
José de Souza Nazaré
Paulo Pantoja Monteiro

Harmonia
Maria do Socorro Santos da Silva
Hélida Sheila de Oliveira Santos
Manoel Fernando Cordeiro
Claudia Maria Melo da Silva

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amapá

NOTA OFICIAL

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amapá (Sindjor/AP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) protestam e repudiam, mais uma vez, a decisão da presidente da Liga das Escolas de Samba do Amapá – Liesa -, Maria José Silva, conhecida por “Marjô”, de não credenciar para a cobertura do carnaval 2010, jornalistas e veículos de comunicação que, reconhecidamente, fazem esse trabalho há anos. Fato parecido aconteceu no ano passado.

Além de impor a censura, a decisão fere de morte o direito constitucional do livre exercício da profissão. Não custa nunca lembrar que os grandes prejudicados pela censura são os cidadãos, privados do seu direito de serem livremente informados.

Este ano, veículos de comunicação como o Diário do Amapá, Rádio Difusora, sites, blogs e etc, além de profissionais, são vítimas desse tipo de violência praticada por dona Marjô. Não pode haver privilegio, tão pouco, discriminação por pura vingança ou pirraça.

Estamos novamente acionando as autoridades competentes, na tentativa de não permitir que jornalistas sejam impedidos de exercer a profissão. Isso é um retrocesso do estado democrático de direitos, com prejuízos sem precedentes à sociedade

Volney Oliveira
Presidente

Carnaval é festa popular, mas no Amapá dizem que o povo está sendo excluído por causa do preço dos ingressos.
A Liga das Escolas de Samba está vendendo, para cada noite de desfile, a 120 reais o ingresso para a área vip (que de vip não tem nada) e a 20 reais o ingresso para arquibancada.
Na sua opinião, o preço está justo? está alto? está baixo?
Quanto você acha que deveria ser o ingresso?
Respostas aí na caixinha de comentários.

Quer ir comprar ingresso para assistir desfiles de escolas de samba?
Vá ao banco, saque o dinheiro, e se mande para o Sambódromo em horário de expediente.
Foi-se o tempo que você poderia comprar seu ingresso em vários pontos da cidade, agências de viagem e de turismo, pagando com cheque ou cartão.
Agora é como nos tempos da vovó, quando nem se sonhava que um dia existiria um cartão que se usaria tanto para compras à vista como a crédito.
Pois é. Neste carnaval o único ponto de venda de ingressos é a Liesa, no Sambódromo, no horário comercial. E não aceita cartão nem cheque. Tá igual aquelas mercearias de antigamente.
Ô gente atrasada!
Me mata de vergonha!

A Abloca abre o carnavaval no Sambódromo com o desfile de  blocos. Amanhã e depois são as escolas de samba e na segunda-feira é a vez dos blocos da Liba.
O bloco Pororoca abre o desfile às 19h, em seguida vem o Habeas Copos, Caldeirão, Tonga da Milonga, Gula Gula, Unidos da Paunela, Furakouro, Urubuzada, Tia Fé, Hajamor e Beijo.
A programação deve terminar por volta das 3h.

Adolfo Ardasse,  ritmista da Bateria Pororoca, filho de tradicional família amapaense, é uma referência de amor ao carnaval de Boêmios do Laguinho.
Ele mora há anos no Rio de Janeiro, mas quando chega dezembro ele começa a “pressionar” a família pra lhe dar uma passagem para Macapá a fim de participar dos ensaios da bateria. Há 30 anos ele é ritmista da “nação negra”.

José Ardasse (Batore), irmão de Adolfo, conta que em  2008, por ocasião da homenagem prestada pela Escola Beija-Flor  aos 250 anos da cidade de Macapá, quando a família encontrava-se na quadra de ensaios em Nilópolis o ritmista de Boêmios do Laguinho tocou e foi convidado para integrar a bateria da escola carioca. Adolfo, respondeu de bate pronto ao convite – não,obrigado, vou para Macapá desfilar no Boêmios.

“Histórias como estas emocionam e contribuem para aumentar nossa paixão pela cultura carnavalesca e pelo Boêmios”, diz um laguinhense.