Retiros espirituais no Carnaval

Para muitos católicos o período do Carnaval é uma oportunidade para renovar a vida espiritual e preparar-se para a Quaresma. No período de 22 a 25 de fevereiro, a Diocese de Macapá vai sediar encontros promovidos por movimentos eclesiais, pastorais e novas comunidades para momentos de evangelização, formação cristã e lazer.

Canção Nova
O Grupo de Amigos da Comunidade Canção Nova realiza em parceria com a Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, no distrito da Fazendinha, em Macapá, o “Celebrai 2020”. O evento, no formato de retiro espiritual, reúne os fiéis para momentos de louvor, oração, pregação e apresentações de bandas católicas para animação dos participantes.

A novidade, este ano, é a presença dos missionários oriundos da sede da Comunidade Canção Nova em Cachoeira Paulista (SP) – o cantor e animador André Florêncio e o padre Uélisson Pereira.

Comunhão e Libertação
O Movimento Comunhão e Libertação realiza o “Encontro de Carnaval”. Através do evento, os participantes têm a oportunidade de viver momentos de espiritualidade, convivência e lazer. Na programação, haverá jogos, trilha, banho de rio e piscina.

As vagas são limitadas e o valor da inscrição é R$ 150,00 e pode ser pago também no cartão de crédito. Os participantes terão o transporte disponível para participar do encontro que acontece em Porto Grande.

Pastoral Familiar
O Carnaval também será um momento para a formação de agentes da Pastoral Familiar na Diocese de Macapá. A equipe diocesana vai até o município de Oiapoque, no norte do estado, para o encontro de implantação da Pastoral na Paróquia Nossa Senhora das Graças.

RCC
O Movimento Eclesial da Renovação Carismática Católica (RCC Amapá) é o organismo da diocese de Macapá com o maior número de eventos no período de Carnaval. Com programação confirmada para Ferreira Gomes, Macapá, Santana e Serra do Navio, a RCC deve reunir o maior público nos encontros e retiros no período de 22 a 25 deste mês.

(Pascom)

Festa de São José

Os devotos de São José, santo padroeiro do Amapá, a partir de hoje já podem procurar a secretaria da festividade em honra ao santo, no subsolo da Catedral São José para colaborar com doações, servir como voluntários e adquirir as camisas e artigos religiosos.
O lançamento do Cartaz será no dia 19 de fevereiro.

Hoje é Dia de Reis – Dia de desmontar o presépio e a árvore de Natal

Vimos sua estrela e viemos adorá-lo (Mt. 2,3)

Hoje comemora-se o Dia de Reis.  É o dia que, segundo os cristãos, três reis magos – que seguiam a estrela-guia – chegaram à gruta onde o Menino Jesus nascera e estava. Para presenteá-lo levaram mirra, incenso e ouro – as principais riquezas de seus reinos
Eles não viajaram juntos. Cada um saiu de sua localidade e encontraram-se no caminho.
Baltazar saiu da África levando mirra para o Menino Jesus. A mirra era um presente ofertado aos profetas.
Gaspar saiu da Índia levando incenso – que, além de espantar insetos e energias negativas, representa fé e espiritualidade.
Belchior partiu da Europa, levando ouro. O ouro simbolizava a nobreza e era oferecido apenas aos deuses.

O Dia de Reis, 6 de janeiro,  ocorre no dia em que a Igreja Católica celebra a Solenidade da Epifania do Senhor.  E é nesse dia , de acordo com a tradição, que devemos desmontar  o presépio e a  árvore de Natal.

(A foto que ilustra essa matéria é do presépio da casa da Lucy Távora)

Perdi os dez reais

Perdi os dez reais
Dom Pedro José Conti – Bispo de Macapá

Um homem e a sua esposa foram visitar alguns amigos numa cidade longe daquela onde moravam e estes os conduziram ao hipódromo. Fascinados pelas corridas dos cavalos e pelas apostas, os dois começaram a jogar. Fizeram isso a tarde toda e quando voltaram para casa somente lhe restavam 10 reais. No dia seguinte, o marido convenceu a mulher a deixá-lo voltar naquele lugar para tentar de novo a sorte. Dessa vez, apostou num cavalo que estava favorito e ganhou. Depois arriscou com outro cavalo menos conhecido e ganhou de novo. Continuou até a noite e juntou 57 mil reais. Voltou para casa, mas, no caminho, passou na frente de uma casa de jogo e lhe pareceu ouvir a mesma voz que o tinha aconselhado nas apostas dos cavalos e ela lhe dizia para entrar e apostar no número 13. Assim ele fez, apostou tudo naquele número. A rolete girou, girou, e saiu o número 14. Quando chegou em casa, a mulher perguntou: “E aí, como foi?&rd quo;. Ele respondeu: “Perdi os dez reais”.

Cada um de nós é insistente, ou desistente, de seu próprio jeito e em tantas coisas diferentes. Precisamos entender bem em que vale a pena insistir e, ao contrário, em que seja mais conveniente desistir. Por exemplo, desistir de jogar teria sido mais conveniente para os nossos amigos da historinha. No evangelho de Lucas, deste domingo, Jesus ensina a “rezar sempre e nunca desistir”. Ele conta a parábola de uma viúva que abusa da paciência de um juiz corrupto. O juiz, ao final, atende a mulher pelo simples fato de não aguentar mais a cobrança dela. Jesus diz que se o juiz desonesto fez isso, muito mais o Pai bondoso atenderá, com certeza, os escolhidos que “dia e noite gritam por ele”.

Lembramos que o assunto não é qualquer pedido e de qualquer jeito. A viúva está pedindo “justiça” contra adversários e sabemos que, na Bíblia, “órfãos e viúvas” são sinônimos de pessoas sem poder algum, sem nenhuma proteção. Também o evangelho está falando de “pedidos” feito em oração, ou seja, com o coração confiante e aberto para Deus. A questão, portanto, não é simplesmente o pedido em si, mas a insistência dos desamparados dirigida àquele do qual esperam tudo na vida: Deus Pai que ama seus filhos e filhas, sobretudo os pequenos esquecidos e abandonados. Insistir, portanto, pelas palavras de Jesus, não é algo negativo, é a atitude de quem acredita que a resposta virá e não se cansa de pedir. Mas é possível “rez ar” sempre? Nós todos temos obrigações a cumprir, temos responsabilidades familiares, trabalhos e relações humanas a cultivar. Essa é a nossa reação, porque pensamos que “orar” seja enfiar uma reza atrás da outra e, talvez, também fazê-lo numa igreja ou em algum lugar santo. A maioria dos cristãos nunca poderia fazer isso, porém, – e é o que importa – todos podemos fazer da nossa vida uma oração. O trabalho honesto é dar glória a Deus. A vida familiar na fraternidade e na comunhão é louvor a Deus. O respeito pela natureza e a vida de todos os seres é gratidão a Deus. Cada gesto de amor é perfume agradável ao Senhor. É a nossa maneira de viver e de nos relacionar que se torna oração e revela em quem acreditamos realmente.

Se insistimos no consumo e na diversão, se buscamos satisfazer os nossos caprichos a qualquer custo, é fácil saber a quem estamos seguindo. Se desistimos de defender a verdade e a justiça e compactuamos com as mentiras e as falcatruas, também revelamos o que mais nos interessa na vida. Provavelmente preferimos uma vida tranquila, sem os incômodos de quem tem a coragem de denunciar as injustiças e suporta críticas, porque nunca desiste de pensar com a própria cabeça. É sempre mais fácil insistir nas conversas repetidas sem gastar tempo e energias para averiguar, refletir, escutar mais as vítimas que os agressores, os perdedores que os ganhadores, os pequenos mais que os grandes.

No final do evangelho, Jesus nos deixa entender que o único bem sobre o qual vale a pena insistir seja mesmo a fé, entendida como entrega amorosa da nossa vida ao único Deus que merece ser amado e adorado, porque nunca decepciona os seus filhos e filhas. Também quando nós insistimos em desistir dele.

Bispo de Macapá encontra-se com o Papa Francisco

Na manhã desta terça-feira, no terceiro dia do Sínodo especial para a Amazônia, o bispo de Macapá, Dom Pedro José Conti esteve com o Papa Francisco.

No encontro, durante o intervalo das reuniões, Dom Pedro também esteve com os bispos da Diocese Cruzeiro do Sul, no Acre, Dom Flávio Giovenale, o bispo de Castanhal, no Pará, Dom Carlos Verzeletti e o bispo de Cayenne, na Guiana Francesa, Dom Emmaneul Lafont.

O Sínodo Pan-Amazônico está acontecendo na cidade do Vaticano, em Roma, com cerca de 120 bispos dos nove países da Amazônia, além de representantes dos povos indígenas e convidados.

As reuniões e estudos visam conhecer e elucidar a missão eclesial na Amazônia, a Evangelização, políticas voltadas aos povos indígenas e a Ecologia Integral. O Sínodo ocorre até o dia 27 de outubro.

(Texto e foto: Pastoral da Comunicação)

Artigo dominical

Depende em quais mãos se encontra
Dom Pedro José Conti – Bispo de Macapá

Uma bola de basquete, nas minhas mãos, vale R$ 100, nas mãos de Michel Jordan, vale cerca de 100 milhões de reais. Um pincel, nas minhas mãos vale R$ 20, nas
mãos de Picasso vale 70 milhões de reais. Uma raquete de tênis, nas minhas mãos vale R$ 300, nas mãos de Roger Federer vale o prêmio milionário num torneio internacional.
Tudo depende em quais mãos estão as coisas. Um bastão, nas minhas mão, serve para me sustentar. Nas mão de Moisés, abriu o Mar Vermelho. Uma baladeira, nas minhas mãos é brinquedo. Nas mãos de Davi, derrubou o gigante Golias. Cinco pães e dois peixes, nas minhas mãos, são um almoço; nas mãos de Jesus foram alimento para cinco mil pessoas. Pregos nas minhas mão são objetos de trabalho, nas mãos de Jesus foram a salvação para o mundo inteiro. O valor das coisas depende nas mãos de quem elas estão.
No evangelho de Lucas deste domingo encontramos uma parábola que sempre chama a nossa atenção. Jesus nos fala de um administrador que roubava do seu patrão.
Quando descoberto, foi, justamente, demitido. – Chega! – disse o patrão – não pode mais administrar os meus bens. Pensando no seu futuro, o administrador quis ganhar
amigos às custas do dono. Chamou os devedores do patrão e perdoou parte da dívida deles. Surpreendentemente, em lugar de ficar aborrecido, “o senhor elogiou o
administrador desonesto porque agiu com esperteza” (Lc 16,8). Por isso, vem a pergunta: será que Jesus quis ensinar a mentira e o roubo? Com certeza não. Basta
continuar a ler o evangelho. Jesus quis nos ensinar que as coisas deste mundo devem ser administradas para fazer amigos, ou seja para o bem, sobretudo dos pobres que,
esperamos, um dia nos “receberão nas moradas eternas” (Lc 16,9).
O que move a sociedade hoje é o dinheiro, os grandes capitais que migram de um empreendimento ao outro para obter mais lucro. Para “o bem”, sim, mas dos
investidores, obviamente. Não para melhorar a vida dos pobres, dos pequenos, dos desempregados, dos carimbados de improdutivos para a sociedade. Mais ou menos
sempre foi assim, mas hoje as coisas são evidentes. Todos falam da “financeirização” da sociedade, porque quem manda e decide é o poder econômico. O bem e o mal são
avaliados sobre o quanto se ganha. O respeito à vida das pessoas, o bem-estar de todos, o futuro do planeta não são valores éticos, ou morais, levados em séria consideração.
Apesar de saber disso, dos alertas dos pobres, do grito de milhões de migrantes e famintos, estamos numa situação que parece irreversível. Como discípulos de Jesus, é
urgente pensar com critérios diferentes e buscar ações alternativas, também se isso nos parece muito difícil e, talvez, impossível. Devemos usar da esperteza do Espírito.
Começar a tomar a sério o fato que não podemos servir a dois senhores, a Deus e ao dinheiro, ao mesmo tempo. Ou seja, não basta rezar muito e cumprir obrigações
religiosas para, depois, deixar que a nossa maior preocupação seja enriquecer ou, simplesmente, multiplicar bens materiais e passageiros. Devemos nos convencer que a
solução está em nossas mãos, mas também em nossa inteligência e em nosso coração. Porque Jesus já nos entregou outros “bens”, diferentes, os mais valiosos de todos.
Podemos chamá-los de “amor de Deus”, mas também de amor fraterno, comunhão, capacidade de carregar juntos sofrimentos e alegrias. Hoje, luxo, aparências e
formalidades, valem mais que a sinceridade dos relacionamentos. Instrumentos tecnológicos, que poderiam nos aproximar e nos tornar mais solidários, nos oferecem
“amigos virtuais” aos quais dedicamos mais tempo que aos nossos legítimos e próximos familiares. Trocamos mensagens e figurinhas já prontas, para brincar e ganhar tempo, mas, talvez, para não nos comprometer a dizer com as nossas palavras e a nossa voz quanto amamos e queremos o b em daquelas pessoas. Temos nas mãos o maior tesouro e não sabemos como usá-lo. Temos no coração o único e infalível instrumento que pode mudar tudo neste mundo e não sabemos aproveitar. Não é o amor que perdeu o valor, são as nossas mãos que não sabem administrá-lo bem. Falta esperteza.

Revista do Círio será lançada domingo

A Pastoral da Comunicação da Catedral São José irá lançar a Revista Círio de Macapá Edição III, no próximo domingo (22) às 19h, na Catedral de São José. A apresentação da Revista será após a Missa do Envio do Bispo Dom Pedro, ao Sínodo da Amazônia. Um exemplar da Revista Círio de Macapá será entregue ao Papa Francisco, pelo próprio Bispo.

O Círio de Nazaré acontece todos os anos – no segundo domingo do mês de Outubro – e envolve pessoas de diferentes partes e classes. Mais de 150 mil pessoas se unem em devoção a Nossa Senhora de Nazaré. Essa é uma tradição religiosa que tem berço em Portugal, cresceu em Belém do Pará e estendeu-se para Macapá. Na época, a Diocese de Macapá ainda fazia parte do Grão-Pará, porém a festividade de Macapá tem uma identidade própria e única.

Contando a simbologia da estrutura da procissão, a revista está voltada para a religiosidade amazônica e outras temáticas que narram os elementos que compõem a grande romaria. As histórias são narradas por meio de reportagens, artigos, depoimentos e fotografias.

São histórias de superação, fé, devoção e amor pela Mãe de Jesus, a mulher que se fez Rainha da Amazônia. Algumas fotografias fazem parte dos arquivos da Diocese de Macapá e outras foram cedidas por alguns fotógrafos profissionais da capital.

Feita para um povo que é peça essencial para que aconteça a grande procissão, a revista Círio de Macapá 2019 busca mostrar em suas páginas um olhar sobre as comunidades tradicionais e a devoção mariana, além de apresentar as especificidades do Círio e suas características na sociedade com emocionantes depoimentos de devotos.

Produção

A revista foi produzida pela Pastoral da Comunicação da Catedral São José com o apoio da Comissão organizadora do Círio, do Bispo Dom Pedro, padre Rafael, diagramadores, revisores, jornalistas, fotógrafos, acadêmicos de jornalismo, padres, seminaristas, autoridades do judiciário, empresários e instituições de Macapá, sob a orientação da jornalista e idealizadora do projeto Mônica Nascos.

Objetivo

A revista tem objetivo de ajudar a custear a nova instalação elétrica da Catedral de São José, com o valor simbólico de R$ 10, será vendida durante as festividades.

(Fonte: Pastoral da Comunicação da Catedral São José)

Festa em honra a São Francisco de Assis

Devotos de São Francisco de Assis (Igreja dos Capuchinhos) já estão com muita alegria organizando uma bela festa em honra este santo. A festa ocorrerá no dia 5 de outubro, a partir das 19h na quadra da Igreja dos Capuchinhos. Haverá sorteio de valiosos prêmios e a cartela custa apenas 10 reais.

Artigo dominical

Provérbio chinês
 Dom Pedro José Conti -Bispo de Macapá

“Quando os sabres estão enferrujados e as pás luzidias, as prisões vazias e os celeiros cheios, os degraus do templo gastos pelos passos dos fiéis…
Quando as cortes estão cobertas de mato, os médicos andam a pé, os padeiros andam a cavalo, e quando há muitas crianças, o Império é bem governado”
 (proverbio chinês).

A sabedoria do povo chinês é milenar e sempre podemos refletir sobre alguma coisa. Também fique bem claro que não estou criticando um ou outro governo. Convido a ler e reler algumas vezes o provérbio e a se perguntar se é isso que gostaríamos ou não. Armas enferrujadas e trabalho para todos; prisões e tribunais vazios; povo com saúde e fartura de alimentos. A paz, enfim, com muitas crianças brincando felizes. Sonho da sabedoria do povo simples ou projeto de uma outra sociedade? Cada um responda como melhor pensa. Cabe a mim explicar o que tem a ver tudo isso com a página do evangelho de Lucas que encontramos neste domingo.

Se não tivéssemos informações por outros trechos evangélicos, estaríamos simplesmente num povoado anônimo, na casa de duas mulheres, que acolhem Jesus: Marta e Maria. Logo fica evidente que esta acolhida é diferente para cada uma delas. Marta está atarefada com “muitas coisas” e, facilmente, as podemos imaginar porque sabemos o que acontece quando temos algum hospede em casa. Maria, ao contrário, está sentada aos pés de Jesus escutando as palavras do mestre. Muito realista, Lucas nos apresenta a reclamação de Marta e o seu pedido para que Jesus ordene a Maria a ajudá-la nos trabalhos. Mas Jesus aproveita para nos dar mais uma lição. Vivemos no meio de tantas coisas para fazer, muitos compromissos e responsabilidades. Jesus não diz que tudo isso não vale nada, mas que, de todas, “uma só coisa é necessária” e é a parte melhor, aquela que Maria escolheu: ser discípula, atenta para aprender com o mestre Jesus.

Sempre haverá quem queira contrapor Marta e Maria. Isso porque cada um de nós tem as suas diferenças e preferências. Os mais ativos se reconhecem em Marta e acham acomodados e preguiçosos os demais. Ao contrário, os mais reflexivos julgam que os outros erram porque são precipitados e incapazes de planejar. Em ambos os casos tudo serve para polemizar e, quem sabe, defender a própria posição. Essa não foi a preocupação de Jesus no trecho de Lucas. Simplesmente nos é oferecida uma fonte onde atingir para motivar e escolher o nosso agir.

Todo ser humano é inteligente; não somos movidos só pelos instintos. Com mais ou menos consciência, todos temos razões que explicam o nosso agir. Por exemplo: a fome e a sede levam qualquer pessoa a buscar comida e bebida. O pavor de ficar sem alimentos nos faz construir as geladeiras ou os celeiros. Quem quer ser o dono do mundo, da vida e da morte das pessoas, constrói armas cada vez mais poderosas. A insaciabilidade da ganância organiza a sociedade para o consumo, sem levar em conta o desperdício, o lixo acumulado e o esgotamento do planeta. O medo dos assaltos nos faz transformar as nossas casas em pequenas fortalezas. Todos achamos que o objetivo da nossa vida é o maior e o mais importante, mas, no fundo, sabemos que, muitas vezes, além de ser extremamente egoísta é também bem mesquinho. Para muitos, a única coisa que interessa na vida é ele ou ela mesmo, o seu bem-estar, o seu sucesso ou o seu poder. Jesus já sabia dos projetos dos grandes e dos poderosos, mas disse que entre os seus discípulos não devia ser assim (Lc 22,26). Ele quer nos ajudar a encontrar uma meta que valha a pena mesmo, que não seja mero desperdício de inteligência e capacidades. Podemos chamar esse objetivo de paz universal, de amor entre as pessoas, de justiça e bondade, e assim por adiante, mas para que não sejam só palavras bonitas, precisamos de uma referência, de alguém que nos amou até o fim, de alguém que não foi um homem qualquer, mas o Filho de Deus. Alguém no qual podemos acreditar sem medo. Se não queremos confundir e errar a meta da nossa vida, precisamos sentar todos aos pés de Jesus e aprender com ele.