Encham os baldes, panelas e canecos

Vai faltar água amanha, sábado, das 6 às 22h, no bairro Central e em toda a zona norte de Macapá.  A Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) diz  que a medida  é necessária para fazer a  interligação do sistema próprio de abastecimento da Zona Norte.
Ok. A causa é justa.
Mas precisava ser no dia que se comemora o aniversário de criação do Território do Amapá e que vai ter festa por toda a cidade?
No Sambódromo mais de 50 escolas vão desfilar encerrando as comemorações da Semana da Pátria e aniversário do Amapá. Com o tema “Água e seu uso sustentável”, cerca de cinco mil alunos das escolas estaduais e municipais participam do desfile, que começa às 16h.
Agora imagina, nesse calor de lascar, ir desfilar ou assistir ao desfile sem tomar banho – nem antes, nem depois.  E antes que alguém diga que o desfile acontece na zona sul e que lá não faltará água, digo que grande parte dos estudantes que vão desfilar moram no centro, onde não terá água.

Por falar em centro, tem programação cultural, a partir das 18h no Mercado Central, com muito samba e pagode… e sem água.

MP denuncia empresários e ex-gestores por contratação fraudulenta

Do portal do Ministério Público Estadual

MP/AP denuncia empresários e ex-gestores por contratação fraudulenta de empresa de ônibus

O Ministério Público do Amapá (MP-AP) ingressou com Ação por Atos de Improbidade Administrativa e ofertou denúncia contra proprietários da empresa de ônibus Expresso Marco Zero, políticos e ex-gestores, dentre eles, o ex-prefeito de Macapá, Roberto Góes, o ex-vereador Gian do NAE e o atual tesoureiro do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap), Paulo Dartora, acusados de corrupção passiva, corrupção ativa, fraude em licitação, associação criminosa e enriquecimento ilícito.

Segundo apurou o MP-AP, a empresa de ônibus Expresso Marco Zero, constituída para operar no transporte coletivo de Macapá, nunca participou de qualquer licitação e vem explorando o serviço de concessão por meio de uma permissão precária, o que fere as normas constitucionais e legais.

A Expresso Marco Zero, no ato de sua constituição, integralizou um capital social de R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais), dividido em quotas iguais entre seus dois sócios: Felipe Edson Pinto e Karen Cristina dos Santos Martiniuk, esposa de Paulo Dartora Cardoso, à época presidente do SETAP, além de sócio da Amazontur, outra empresa de transporte coletivo de passageiros.

O esquema

Provas coletadas no curso das investigações da Operação “Mãos Limpas” da Polícia Federal, através de interceptações telefônicas, demonstram a conivência do ex-prefeito e de seu chefe de gabinete diante das fraudes praticadas, além do envolvimento direto do ex-vereador Gian do NAE no esquema. Diálogos flagrados entre os envolvidos a respeito da Permissão de Serviço Público deixam a trama muito evidente.

Felipe Edson Pinto era pessoa de estreita relação com o ex-prefeito de Macapá, que, com a intermediação do seu chefe de gabinete e do ex-vereador Gian do NAE encontraram a forma para conseguir uma permissão de serviços públicos. O ciclo se fechava com a entrada da Karen Cristina na sociedade, pois com Município e SETAP como seus aliados, nada mais impediria a ação fraudulenta.

Prova disso é que a demandada Karen Cristina trabalha como auxiliar de escritório há 05 (cinco) anos na empresa PD CARDOSO, percebendo salário mensal de R$ 1.004,00 (mil e quatro reais). Não é crível que uma sócia de uma empresa que movimenta algumas centenas de milhares de reais continue a trabalhar como auxiliar de escritório. Na verdade, não passa de mera figurante de seu marido Paulo Dartora”, esclarece o promotor Manoel Edi, que assina as ações. (Leia mais)

Alunos cortam e doam cabelo em solidariedade a professora com câncer

Da Agência Brasil

Mais de 30 alunos do último ano do ensino médio da Escola Carolina Patrício, unidade do Recreio, zona oeste do Rio de Janeiro, cortaram os cabelos em homenagem à professora de português e literatura Norma Ribeiro do Carmo, 37 anos, que descobriu ter câncer de mama em julho. A notícia da doença chegou ao conhecimento dos alunos na semana passada e a turma preparou um café da manhã para a professora.

No dia seguinte, um grupo de garotos apareceu na aula com as cabeças raspadas e inspirou os demais. As meninas cortaram as madeixas e as doaram para Instituto Nacional do Câncer (Inca). “Queríamos que ela se sentisse acolhida, que entrasse no trabalho e se sentisse confortável, que não estaria diferente de todos, pois uma hora ela teria que cortar o cabelo”, contou  a aluna Bruna Seon. “Como temos os cabelos muito maiores decidimos que se iríamos cortar era melhor doar os cabelos”, explicou ela.

Norma começa a quimioterapia amanhã (12). “Amanhã acho que vai cair a ficha. Está começando a me dar um medo do início [do tratamento], mas essa força deles está me ajudando muito. Queria continuar trabalhando, mas não sei se conseguirei”, comentou ela que disse que sentirá falta da rotina da sala de aula e do contato com os alunos. (Leia mais)

Big Brother municipal

Prefeitura de Macapá assinou nesta quarta-feira  contrato com a empresa New Line Sistemas de Segurança para instalação de vigilância eletrônica 24 horas em 170 pontos da cidade.São 2.680 câmeras que serão instaladas. Além das câmeras os equipamentos possuem  sensores infravermelhos e  sirenes de alarme.
De acordo com a Prefeitura “a intenção é trabalhar a prevenção da guarda do patrimônio público e de pessoas em escolas, Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e prédios da administração municipal”.

secretário municipal de Administração, Carlos Michel Fonseca, enfatiza que trata-se de um projeto inovador que mescla a vigilância armada com a eletrônica. . A empresa garante que com as duas vigilâncias (armada e eletrônica) haverá muito mais eficiência na guarda do patrimônio público e da população.
O contrato, no valor de R$ 3,5 milhões, tem validade de um ano.

Treva

O trapiche Eliezer Levy, cantado em verso e prosa, e um dos pontos turísticos mais visitados de Macapá está na mais completa escuridão. Nenhuma, mas nenhuma mesmo, luminária está funcionando. Virou um imenso corredor de treva.
Quem pretendia assistir ou fotografar do trapiche  o espetáculo da super lua boiando exuberante do majestoso rio Amazonas, deu com a cara na treva e recuou que ninguém é besta de dar mole pra bandido que aproveita a escuridão para assaltar.

No Pará desmatamento despenca após Operação Castanheira

Depois de operação, desmatamento despenca. MPF pede manutenção das prisões
Alertas do sistema Deter na semana seguinte à operação Castanheira mostram a importância da ação contra quadrilhas dedicadas à grilagem e desmatamento

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) uma análise dos dados mais recentes de desmatamento no Pará, para medir o impacto da operação Castanheira, que investigou e prendeu preventivamente os integrantes de uma das maiores quadrilhas de grileiros e desmatadores em atuação na região. O resultado da operação é visível nos alertas do Deter (sistema que emite avisos para os fiscais quando os desmatamentos estão ocorrendo).

A operação ocorreu no dia 27 de agosto, quando a taxa de desmatamento em uma semana era de mais de 3.400 hectares. Na semana seguinte às prisões, o número despencou para menos de 900 hectares. E na primeira semana de setembro, o Deter registrou desmatamento zero, um evento muito raro, ainda mais em um mês de pleno verão amazônico, quando o desmatamento costuma ser mais alto. Enquanto em agosto a área desmatada pode ter chegado a mais de 33 mil hectares, em setembro, depois da operação e até agora, nenhum alerta foi registrado pelo monitoramento por satélite.

Os responsáveis pela investigação – além do MPF e Ibama, Polícia Federal e Receita Federal – avisam que outras quadrilhas que atuam com desmatamento e grilagem devem ser investigadas e presas, principalmente no Pará, onde ainda se concentra grande parte do desmatamento ilegal. Em pareceres enviados à Justiça Federal de Itaituba, onde corre o processo da operação Castanheira, o MPF opinou pela manutenção de oito pessoas presas. Outros seis integrantes da quadrilha que atuava na BR-163 estão foragidos e devem ser incluídos na Difusão Vermelha da Interpol, uma lista de procurados que é difundida para todas as polícias do mundo.

Entre os foragidos, um corretor de imóveis que atua no Paraná – vamos identificá-lo apenas pelas iniciais WAG – é um bom exemplo de como atuava a quadrilha e de como se dá atualmente o desmatamento na Amazônia. O acusado integrava o esquema negociando as terras desmatadas e griladas na região da BR-163. Ele fazia todo o trabalho de corretagem sem nunca pisar no Pará. Sem sair do Paraná, ele propagandeava as terras como boas para plantar soja ou criar gado e ainda baratas porque não foi concluído o asfaltamento da rodovia. Com a conclusão do asfaltamento, dizia aos potenciais clientes, as terras teriam grande valorização.

O acusado tentava demonstrar as vantagens do negócio aos clientes explicando que as terras que oferecia já tinham sido devastadas, com retirada total da vegetação e duas ou três queimadas. Ele dizia que a mão de obra na região era muito barata para se concluir o plantio. Quando os clientes perguntavam sobre a documentação das terras, ele deixava claro que não existiam escrituras, apenas contratos de gaveta. E ensinava o caminho para dar aparência de legalidade às terras griladas: fazer protocolo no cadastro do Incra (Instituto de Colonização e Reforma Agrária), protocolo no cadastro do programa Terra Legal, inscrição no Cadastro Ambiental Rural e outras providências para “esquentar” os documentos. Com esse esquema, a quadrilha chegava a negociar fazendas por mais de R$ 20 milhões.

Os presos – inclusive os que foram encontrados em São Paulo, Paraná e Mato Grosso – foram trazidos para Belém. Na Justiça Federal de Itaituba, na divisa do pará com o Mato Grosso, eles devem responder a processos por invasão de terras públicas, furto, sonegação fiscal, crimes ambientais, falsificação de documentos, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas de todos esses crimes podem ultrapassar os 50 anos de prisão.

(Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação)

Até que enfim

Desde sábado, a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA)   está com uma frente de trabalho recuperando a iluminação pública de Macapá.
O trabalho começou pela orla da cidade, onde estão sendo trocadas as lâmpadas queimadas. A escuridão ali na orla era a maior reclamação das pessoas que usam aquele espaço para correr e caminhar, constantemente assaltadas pelos pivetes protegidos pela escuridão.
Depois da orla, a CEA vai recuperar a iluminação das praças Barão do Rio Branco, Floriano Peixoto, Bandeira, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora da Conceição, Veiga Cabral e o calçadão da Rua Tancredo Neves, principal via de acesso à zona Norte.

Era uma vez…

gremioEscombros do Grêmio Literário Rui Barbosa (Foto: Jean Leitão)

O Grêmio Literário Rui Barbosa foi fundado em março de 1949 por alunos do Colégio Amapaense. A sede, situada na rua Odilardo Silva esquina com a avenida Ernestino Borges, foi construída pelos próprios estudantes que fizeram a famosa “campanha do tijolo”para arrecadar material de construção.
Em 1964, o Grêmio foi fechado pela ditadura. Nos anos 70 o prédio abrigou  um campus avançado da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Depois que UFRRJ não teve mais interesse em ficar no Amapá o prédio ficou abandonado e foi deteriorando.
Esses dias o que restou dele foi demolido pelo governo do estado que vai construir ali um alojamento para estudantes vindos do interior.

No Facebook, a comunidade Memórias Urbanas protestou:
Mais um crime contra a memória da cidade!!!
“Esse é o único jeito que o governo sabe tombar nosso patrimônio, colocando ele abaixo! Inacreditável!!!
“Perda histórica da memória arquitetônica de Macapá

Nota vermelha

O Amapá tirou nota vermelha na avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)

O Ideb,  criado pelo Ministério da Educação  é o principal indicador de qualidade do ensino e é divulgado de dois em dois anos.
De acordo com os números divulgados sexta-feira pelo Ministério da Educação, o Amapá está entre os cinco estados que  não atingiram a meta para 2013 nos anos finais do ensino fundamental. Além de não atingir a meta teve um desempenho pior que em 2011. Em 2011, o Amapá teve 3,7, em 2013 caiu para 3,6. A meta era 4,4.

Nos anos iniciais o Amapá também aparece feio na foto. Dentre todos os estados, apenas o Amapá e o Rio de Janeiro não atingiram a meta. O Amapá, além de não atingir a meta, retrocedeu. Em 2011 teve 4,1 em 2013 caiu para 4. A meta era 4,3.

No ensino médio, caiu de 3,1 para 3,0  e a meta era 3,5