“Karutapera”, a nova obra de Luiz Jorge Ferreira. Lançamento será sábado em Sampa

Médico, poeta, escritor, autor de vários livros, meu amigo Luiz Jorge Ferreira lança neste sábado, em São Paulo, mais uma obra: Karutapera.
Menino criado no Laguinho, Luiz Jorge nasceu em Belém mas ainda criança mudou-se com a família para Macapá e aqui viveu a infância, adolescência e parte da juventude. Deixou os campos do Laguinho para ir cursar medicina no Pará. Formado, mudou-se para São Paulo, onde é super conceituado como médico e como escritor.
Mergulhar na história deste livro… Karutapera, cheio de magia, será uma aventura inesquecível. Luiz Jorge Ferreira é um mestre em dar novas tintas à realidade, misturando-a a vigorosas pinceladas surreais que não deixarão o leitor escapar dessas páginas sem uma incrível dose de encantamento.

Marcos Salum (in memoriam) – Editor da Rumo Editorial – São Paulo, Brasil

Sobre esta nova obra, Luiz Jorge diz:
“Nunca pensei em escrever um romance. Escrevia poemas e letras de canções e alguns contos que publicamos em Antena de arame… Mas debruçado sobre a velha máquina de escrever… agora com outra tecnologia… Fui me arrastando entre o imaginário, a sede das letras e o lembrar das estórias que muitos lançaram à minha ilharga para enriquecer meu imaginário, e fui costurando esse texto que deu à luz Karutapera. Devo o incentivo de publicá-lo a muitos… Alípio Oliveira Santos… Luiz Tadeu Magalhães… Luiz Fernando Siqueira… Arnobio. Poetas da Sobrames (SP)… Manoel Lisboa… Manoel Santana… Celso de Alencar… amigos das andanças na UBE e Centro de Oratória Ruy Barbosa (CORB)… UFPA75. Edinaldo Lobato… e outros… amigos… Parceiros musicais… e editores responsáveis… por pregar as ideias, já letras, e frases nas páginas do livro… Deveras emocionado… encerro. A primeira orelha de meu Filho… irmão de todos os outros… que amo. …Karutapera”

Luiz Jorge Ferreira é médico, escritor e membro fundador da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores — Sobrames, Seção São Paulo. Já publicou vários livros, dentre os quais destaco Tempos do meu tempo, Berro verde, Beco das Araras, Cão vadio, Thybum, O avesso do espantalho e O chalé.
Tem poemas publicados em diversas coletâneas no Brasil e nos EUA e  até no jornal Le Monde.
Foi premiado em vários concursos literários de contos e poesia: Prêmio Canon 2009, Prêmio Bernardo de Oliveira Martins 2002-2003, Prêmio Flerts Nebó 2006-2007, International Poetry 1982 (University of Colorado Boulder), entre outros.

Li, reli e recomendo o encantador livro “É assim que eu conto”

Sabe aqueles livros que quando a gente pega não quer mais largar? Pois “É assim que eu conto” (Editora Jaguatirica), do médico e escritor Leão Zagury, é desse jeito. A gente começa a ler e não quer mais parar.
São crônicas e contos onde ele conta causos e histórias encantadoras da sua vida em Macapá. Nesse livro, de acordo com críticos literários, Leão Zagury “transforma, em um piscar de olhos, realidade em ficção e vice-versa. Suas memórias e as histórias que ouviu dão vida a deliciosos contos que encantam o leitor”

Zagury diz que gosta de ficção, principalmente se usada para falar da vida real. “É assim que eu conto histórias que narram um pouco  da minha história. Histórias que mostram de quem e do que sinto saudade e um pouco do que passei na vida. Essas histórias me fazem rir e chorar”, diz ele.

O livro ‘É assim que eu conto’ é sobre crescer e não esquecer. É como uma saudade bucólica, um final de tarde perto do rio Amazonas que banha a cidade de Macapá, cidade de muitas personagens, repleta de memórias e nomes, pluralidade esta que pulsa na escrita do autor. As reminiscências de Leão Zagury mapeiam gente de vários tipos, crenças e diferenças em um norte do país repleto de singularidades, fala mansa, premonições em bananeiras, medos, casos de família. A obra é um recorte sobre a infância e seus deleites, as pessoas que perdemos, o preço da amizade, as invenções gastronômicas do Amapá, o crescer em meio às diferenças.

O livro está à venda na Amazon, tanto na versão física como na versão e-book – Eis o link https://www.amazon.com.br/%C3%89-Asssim-que-eu-Conto/dp/855662121X

Sobre o autor
Renomado escritor e uma das maiores autoridades em diabetes, Zagury – de tradicional família amapaense – nasceu em Belém, mas se criou em Macapá e nesta cidade viveu até mudar-se para o Rio de Janeiro para cursar faculdade, onde vive até hoje, mas sem perder os laços com Macapá.
É autor de vários livros, entre os quais “O menino e o macaco Caco”,  “O jacaré que comeu a noite” e “É assim que eu conto”
Além de obras literárias, Leão Zagury é autor também de livros sobre diabetes, dentre os quais  “Diabetes sem medo”, “Historias De Gente Mais Doce – Diabéticos” e “Tratamento Atual Do Diabetes Mellitus”.

Leão Zagury é médico endocrinologista. Presidiu a Academia de Medicina do Rio de Janeiro e foi fundador e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Membro eleito da Academia de Medicina do Rio de Janeiro; Mestre em Ciências Médicas Endocrinologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Membro Honorário da Sociedade Argentina de Diabetes; Membro Fundador da Sociedade Brasileira de Diabetes; Ex-vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia; Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes; Ex-presidente da Academia de Medicina do Rio de Janeiro; Chefe do Serviço de Diabetes do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione; Membro Honorário da Câmara Técnica de endocrinologia do Cremerj; Especializado em Endocrinologia e Metabologia; Especializado em Medicina Esportiva, Especializado em Nutrologia Especializado em Diabetes.

Xarda Misturada

Lançado em 1974, Xarda Misturada foi, no dizer de Isnard Lima (que prefaciou a obra) o “batismo de fogo” de três jovens poetas: Ray Cunha, José Édson dos Santos e José Montoril. Na época, eles tinham menos de 20 anos de idade.
Ray Cunha e José Edson estão há muitos anos morando em Brasília e lá já lançaram vários livros. Ray praticamente deixou a poesia de lado e dedica-se ao romance.
Do Montoril há anos não tenho notícia.

Clube da Leitura apresenta “Depois vá ver o mar”

O livro do mês do Clube de Leitura Café com Letras é o encantador “Depois vá ver o mar”, do poeta Bruno Muniz.
Para bater um papo sobre a obra e poesia, Bruno Muniz estará neste sábado, 8, as 18h na Livraria Leitura (Garden Shopping).
O evento é promovido pela Livraria Leitura que a cada mês escolhe um livro e leva seu autor para uma roda de conversa e sessão de autógrafos.
Além de “Depois vá ver o mar” (livro que você pode destacar as páginas para mandar pra alguém), Bruno é autor também de “Cem versos putos sobre mim” e já está finalizando seu terceiro livro de poemas, que será lançado até o final do ano.

Ele me contou certa vez que tem a  mania de escrever ouvindo alguma música leve e reescreve reescreve reescreve porque  tem mania de perfeição.
Gosta de seguir o conselho de Jorge Luis Borges, que dizia que um poema precisa de pelo menos onze rascunhos para se tornar pronto.

“Reescrevo até me emocionar com o término. Se não me emociono é porque o poema ainda não ficou pronto. Acredito que seja uma mania de perfeição”, diz.

Amor e Erotismo são temas de novo livro do escritor Marcio da Paixão Barros

O escritor Marcio da Paixão Barros, nascido no Pará, mas radicado no Amapá desde 2006, lançará no dia 7 de julho, no Museu Sacaca, a partir das 17h30, a sua segunda obra literária, desta vez, um livro de poemas intitulado Lambidestro. A obra reúne 83 textos, os quais abordam como principal temática o amor e suas diversas formas de expressão e, também, o erotismo, de maneira meticulosa, porém, sem comedimentos. Além dessas temáticas, a obra caminha por assuntos como saudosismo, crítica social e reflexões sobre a condição humana.

De acordo com o autor, o termo Lambidestro nasceu de uma brincadeira com as palavras e das possibilidades que a língua – falada ou escrita – pode dar aos mais variados sentimentos. “Gosto de brincar com os diversos sentidos que a palavra apresenta, por isso, sou fascinado pela linguagem, haja vista que ela está sempre em constante transformação. É por meio da língua e da linguagem que se pode criar as mais diversas histórias e falar dos mais diversos sentimentos sejam eles bons ou ruins. A língua possibilita tocar o leitor com as palavras certas”, explica o escritor. O livro conta ainda com ilustração do artista visual Igum D’jorge, que fez um casamento perfeito com os poemas.

Para Marcio Barros, este trabalho é como um filho. E, apesar de ser a sua segunda publicação, este projeto se concretiza como um grande passo na sua carreira de escritor. “Com este trabalho tenho sentido uma emoção ímpar a cada passo dado, desde sua construção, criação da capa, das ilustrações, até o recebimento dos livros impressos em minha casa. Tem sido um momento de intensa felicidade, um sentimento que somente a poesia é capaz de proporcionar”, comenta.

O autor salienta ainda que o livro segue aspectos peculiares e quem o ler pode notá-lo, às vezes inquieto e até mesmo arredio, com características que podem causar estranhamento ao primeiro contato. Mas, ao final, cada qual verá nele um pouco de si e um tanto do que é a vida e seus mistérios inerentes. Afinal, Lambidestro tem a pretensão de dialogar, quebrar paradigmas e mostrar as várias facetas da língua.

Sobre o autor
Marcio da Paixão Barros, tem 45 anos, é poeta e contista, nasceu na vila de pescadores chamada Aricuru, na cidade de Maracanã, no Pará. É graduado no curso de Letras pela Universidade do Estado do Pará – UEPA. Formou-se também como Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Amapá – UNIFAP. Advoga desde 2014. Atualmente é servidor do Tribunal de Contas do Estado do Amapá e professor. Publicou, em 2021, o livro Prazer: Prosa & Poesia, com o pseudônimo de Eros Paixão, livro de contos que narra aventuras eróticas tendo como cenário a cidade de Macapá. Atualmente divide sua paixão pela escrita com o pedal e a jardinagem.

Serviço:
Lançamento de Lambidestro de Marcio da Paixão Barros
Data: 7 de julho
Local: Auditório do Museu Sacaca
Horário: 17h30
Valor do livro: R$ 40,00 (comercializado no local do evento)

Texto: Thiago Soeiro

Parise e outras famílias de imigrantes que fazem a história da comunidade italiana no Brasil

Ao pesquisar sobre seus antepassados, o paulista Luiz Gustavo Parise descortinou um universo pouco explorado. Para além dos já batidos relatos de imigrantes italianos que embarcaram em um navio rumo ao Novo Mundo, em Partiremos ao Amanhecer o autor reconstitui em detalhes o cotidiano tanto da Itália quanto do Brasil desde o período pré-imigração até após a chegada dos italianos ao país.

O resultado é uma obra de 400 páginas que narram sobre a vida doméstica, o trabalho, a religiosidade, os costumes e a sociedade. São cenas como a do embarque dos italianos no porto de Gênova ou o momento em que Steffano Parise ampara Maria Agujaro durante o nascimento do primeiro filho do casal, com todas as dificuldades e superstições que envolviam um parto em 1798, ao mesmo tempo em que tropas napoleônicas invadiam a vila onde moravam.

Parise pesquisou em mais de dois mil documentos na Itália – onde esteve por cinco vezes -, leu mais de 30 livros, fez dezenas de entrevistas e visitou lugares por onde seus antepassados estiveram. Assim, foi possível escrever uma história verídica na forma de um romance histórico, com diálogos, descrições, sentimentos, personalidades, vestimentas, cenários e objetos reconstituídos pelo autor.

Além da família Parise, a obra cita dezenas de outros sobrenomes de origem italiana que hoje estão presentes em todo o Brasil. Dessa forma, ao contar a história da sua família, Luiz Gustavo Parise resgata também a trajetória de milhões de outros brasileiros que hoje formam uma das maiores comunidades de ascendência italiana do mundo. O prefácio é do produtor cinematográfico Rubens Gennaro, reconhecido pela produção focada na imigração italiana como nos filmes Anita e GaribaldiCafundó e Oriundi.

Ficha técnica
Livro: Partiremos ao Amanhecer
Autor: Luiz Gustavo Parise
ISBN: 978-65-5899-339-1
Páginas: 400
Preço: R$ 69,00
Onde encontrar: Amazon | Clube de Autores

Sobre o autor: Luiz Gustavo Parise nasceu em Conchas, interior de São Paulo. É piloto de avião há 24 anos, conduzindo a aeronave Airbus em linhas aéreas. Tem graduação em Psicologia e em Gestão de Empresa Aérea. Morou em San Diego, nos Estados Unidos e já visitou mais de 30 países. Sua paixão por histórias e outras culturas vem desde a infância.

(Giselle Zambiazzi )

Nos 70 anos da AAL, Ray Cunha lança o romance “Jambu”

O romance JAMBU, que será lançado em Macapá nesta terça 20, desperta perfume de jasmineiros chorando, na memória do coração

Por Ray Cunha, jornalista e escritor

BRASÍLIA, 15 DE JUNHO DE 2023 – Macapá, a capital do Amapá, é uma cidade ribeirinha da Amazônia atlântica, na margem esquerda do estuário do maior rio do planeta, o Amazonas. Seccionada pela Linha Imaginária do Equador, os turistas ficam passando de um hemisfério para o outro. Nasci na Maternidade do Hospital Geral, na Avenida FAB, em 7 de agosto de 1954, e fui para casa, pertinho, na Rua Iracema Carvão Nunes com a Eliezer Levy, ao lado do Colégio Amapaense. Na época, só havia uma banda do colégio, e a casa onde eu morava era remanescente do antigo Aeroporto de Macapá, que ficava na hoje Avenida FAB.

Tinha 13 anos quando escrevi meu primeiro poema, que eu perdi. Foi para a Alcinéa Maria Cavalcante, a poeta que povoou o imaginário da minha geração. Aos 14, eu já bebia como adulto e frequentava a casa do pai da minha geração de escritores, o poeta e cronista Isnard Brandão Lima Filho, que vivia sempre cheia de artistas. Sua mãe, a pianista Walkíria Lima, nos recebia com amor. Bebíamos e fumávamos muito, e conversávamos sobre literatura, artes plásticas, música. O Isnard era bem informado e culto. Se fosse para o Rio de Janeiro, como costumam fazer artistas talentosos de todo o país, certamente seria, hoje, um poeta conhecido nacionalmente.

Quando o Olivar Cunha, meu irmão, expôs sua primeira individual de pintura, aos 16 anos de idade, na Associação Comercial e Industrial do Amapá, na Rua General Rondon com a Avenida FAB, foi uma farra. R. PeixeAlcy Araújo, Isnard, o cronista Edevaldo Leal, o poeta Galego, Binga Monteiro, todo mundo caía lá, e a bebida rolava até de madrugada.

Eu curti muito a noite macapaense. Até hoje seu cheiro impregna a memória do meu coração. Tinha cheiro de jasmineiros chorando e das jovens da minha adolescência, eternamente lindas, pois todos os jovens são imortais. Em dezembro de 1971, Joy Edson (José Edson dos Santos), José Montoril e eu, todos com 17 anos, lançamos, também na Associação Comercial, XARDA MISTURADA, um livrinho de poemas sem consequência, mas que foi nosso batismo de fogo, como disse Isnard.

No ano seguinte, ainda com 17 anos, e eu não tinha nem carteira de identidade, peguei o rio e depois a estrada, virei beatnik. Até então Macapá era minha pátria. Fui de barco para Belém e de lá para o Rio de Janeiro, e depois continuei andando por aí, e isso durou dez anos. Hoje, moro em Brasília. Mas são minhas raízes de caboco da Amazônia que iluminam, como um farol, o mar da minha vida, nos momentos de tempestade, à noite.

Nós, escritores, recriamos, às vezes, as cidades que conhecemos melhor, pois não é possível conhecer inteiramente uma cidade. É que as cidades são como mulheres, um labirinto de mistério. De modo que, aqui e ali, recrio alguma coisa de Macapá nos meus romances, ou contos. Em A CASA AMARELA, por exemplo, o Trapiche Elizer Levy, o Macapá Hotel, os bailes na Piscina Territorial, estão todos lá.

Também recrio Macapá no romance JAMBU (Clube de Autores, 190 páginas, 50 reais), que será lançado em Macapá, nesta terça-feira 20, a partir das 18 horas, no Auditório do Senac, na Avenida Henrique Galúcio 1999, Centro, como parte das comemorações dos 70 anos da Academia Amapaense de Letras (AAL), fundada em 21 de junho de 1953.

Selecionei duas passagens de JAMBU em que recrio Macapá. A primeira é do Trapiche Eliezer Levy, que transportei para o Canal do Jandiá, no Pacoval: “De madrugada, o píer, de 472 metros, ladeado por embarcações, ao ritmo da maré cheia, lembrava uma avenida nascendo na escuridão do Rio Amazonas, até a marina do Lago do Pacoval, no Canal do Jandiá.

“O Hotel Caranã emergia de dentro do bosque, na faixa de terra entre a marina e a Rodovia Pacoval, como um ninho de cupim de sete pavimentos, numa simbiose com a floresta, prova de que a tecnologia pode conviver harmoniosamente com a vegetação, sem feri-la, mas unindo-se a ela e passando a fazer parte daquele ecossistema, ajudando-o a defender-se do inchaço da favela que se espraiava desordenadamente nas cercanias. Sentia-se o tumor latejando na margem da BR-156, a população avançando em a natureza, sem contar com nenhum metro de galeria de esgoto, nem de águas pluviais.

“Assim, o hotel era a garantia de que o bosque que o rodeava não seria torado e transformado em carvão, e de que da terra nua não vicejaria um desses conjuntos residenciais de casinhas populares nascidos da corrupção, sem infraestrutura básica, sem sequer um arbusto remanescente em sinal de arborização.

“Macapá, a mais emblemática cidade da Amazônia, era uma miragem que vai se materializando na medida em que o sol de julho começa a se levantar do outro lado do Canal do Norte, na cabeceira da Linha Imaginária do Equador, gigantesca bola de rubi transmutando-se em ouro, materializando-se igual mulher que emerge do mergulho, respingando água. Seu nome vem do tupi, “macapaba”, “lugar de muitas bacabeiras”, palmeira nativa da região, de fruto, a bacaba, gerador de suco delicioso, quase tanto quanto açaí, este, de grande significado para os amapaenses, que já foram paraenses, pois o estado do Amapá é um naco do estado do Grão-Pará, e os parauaras são os mais ávidos tomadores de açaí da face da Terra”.

Também modifiquei o famoso Gato Azul, na Rua São José com a Avenida Presidente Vargas: “Fechado por vidraças que permitiam visão apenas de dentro para fora, com temperatura ambiente de 21 graus e variedade internacional de bebidas, o bar constituía-se no melhor refúgio da cidade.

“Era possível encontrar nas suas confortáveis cadeiras de palinha e poltronas, de senador da República a contrabandistas e traficantes. Jornalista, então, dava no meio da canela. João do Bailique gostava de passar por lá geralmente naquele momento de transição entre a tarde e a noite, procurava a extremidade sul do balcão e pedia diretamente ao barman, Antônio, um “espilantol”.

“Era como denominava o daiquiri, coquetel cubano feito com rum, suco de lima, açúcar ou xarope e gelo picado, agitados na coqueteleira e servido em um copo grande; o de Bailique lembrava um pouco o Daiquiri Hemingway, ou Papa Doble, criado no Bar Floridita, em Havana, Cuba, especialmente para o escritor americano Ernest Hemingway, que morou em Havana boa parte de sua vida; Papa era diabético e seu daiquiri não continha açúcar, e era servido com o dobro de rum, Bacardi.

“Além disso, o de Bailique era com suco de limão. Antônio lhe estendeu a bebida e o jornalista deu o primeiro gole, e veio-lhe a velha sensação que lhe despertava o tacacá da Esmeralda, naquele momento em que a tarde morre, anestesiando o calor, perfume de jasmineiros se insinuando, e um remoto som de merengue.

“Bebeu mais um gole. A edição de agosto da Trópico Úmido já estava praticamente editada. Bailique vinha trabalhando, intensamente, na matéria da Operação Prato, que começara a tomar corpo após longas conversas com Danielle, intensa pesquisa e uma entrevista com o escritor Jorge Bessa.

“Estava investigando ângulos da Operação Prato que não foram abordados pela mídia: Existem mesmo ETs? Se existem, quem são, de onde vêm? Por que se interessariam pela Amazônia? Estariam os ETs emitindo sinais de que a Amazônia está guardada para um fim maior?

“Sabe-se que o Brasil é visto nos meios exotéricos como o país mais avançado em termos espirituais: abriga todas as grandes religiões do planeta, além das dos índios e as africanas; e é um cadinho étnico. E a Amazônia, a maior floresta tropical do globo, a maior diversidade biológica da Terra, a maior província mineral do planeta, é a última fronteira, ambicionada por todos e sugada até o osso pelos governos que se sucedem em Brasília”.

(Ray Cunha)

AAL 70 anos – Wilson Carvalho lança o livro de poesias “Amor à vida”

Ocupante da cadeira número 18 da Academia Amapaense de Letras, Wilson Carvalho na próxima terça-feira, 20, durante as comemorações dos 70 anos da Academia, seu livro de poesias “Amor a Vida”.
Sobre a obra, o próprio autor conta:
“Eu nunca tive muito interesse em fazer poesia, e o que me atraia mesmo era escrever contos e crônicas.
Mas, aqui e ali, em meus momentos mais difíceis, conseguia me acalmar transformando em poesia aquilo que me afligia.
Assim, ao longo da minha vida, cheguei a um número razoável de poemas, e entendi que deveria publicá-los porque se tinham feito bem pra mim, poderiam fazer bem também para os outros.
Mas, para transformá-los em um livro, eu precisava de um liame, um nexo, para que não soassem como um rol desconexo. A conclusão foi rápida: o liame era o amor.
Penso que a maioria das turbulências da nossa vida é causada pelo amor. Ao mesmo tempo, é muito triste viver sem amor. A solução é encará-lo de forma leve, alegre e poética.
Por isso o meu propósito de juntar em um livro as minhas poesias relacionadas aos percalços da vida, encadeadas pelo papel que o amor exerce em nossa cotidiana existência.”
O lançamento será a partir das 18h no auditório do Senac

Sobre o autor
João Wilson Savino Carvalho nasceu em Belém do Pará, mas sempre morou em Macapá/AP. Graduado em Filosofia, Psicologia e Direito, cursou Especialização, Mestrado e Doutorado em Educação. É professor de Filosofia na Universidade Federal do Amapá, advogado e escritor. Foi várias vezes premiado com contos, crônicas, poesias e romances. Publicou coletâneas de contos, romances, artigos científicos e livros didáticos de Filosofia. Em 2014 proferiu comunicação na 12º Festa Internacional do Livro de Paraty/RJ, com o tema: “A literatura regional no ensino de Filosofia”. Ocupa a Cadeira nº 18 da Academia Amapaense de Letras.

(Ascom/AAL)

Meu mais recente livro é um recorte poético para quem quer conhecer autores amapaenses

Está à venda na Amazon o meu mais novo livro: Poetas do Amapá Volume I, que é um recorte poético para quem deseja conhecer alguns autores amapaenses. Serão três volumes. Brevemente lançarei o segundo  o terceiro.
Neste primeiro volume falo dos poetas Alcy Araújo, Álvaro da Cunha, Paulo Tarso, Arthur Nery Marinho, Arilson de Souza, Mauro Guilherme, Isnard Lima, Maria Helena Amoras, Jô Araújo, Pat Andrade, Thiago Soeiro e Maria Ester.

A foto de capa é do mago da fotografia Floriano Lima e o prefácio é do imortal da Academia Amapaense de Letras Paulo Tarso Barros.

No prefácio, Paulo Tarso diz:
” Com textos enxutos, intimistas e cheios de significados, Alcinéa Cavalcante nos apresenta, sob seu ponto de vista, alguns poetas representativos de tempos diferentes e com visões de mundo e estilos próprios.
Ela, que conviveu (e convive) com esses poetas, registra as impressões e os sentimentos oriundos dessa enriquecedora vivência artística e sentimental, que começou com o seu pai Alcy Araújo, jornalista e boêmio dos bons e poeta de destaque na Amazônia, amigo de Álvaro da Cunha, Arthur Nery Marinho, Maria Helena Amoras e Isnard Lima – só para ficar na primeira geração dos poetas burocratas, com quem ela manteve estreita ligação afetiva e literária. E para completar esse ciclo, também recolhe poemas das novas gerações, principalmente autores oriundos das redes sociais, como Thiago Soeiro, Ester Pena, Pat Andrade e Arilson de Souza – e autores da geração intermediária, como Jô Araújo.

Os poemas que carregamos pela vida integram-se ao nosso ser de maneira visceral. Acoplam-se ao sangue, aos neurônios e são parte de nossa alma imortal.

Vejo nesta coletânea de textos publicados originalmente no site www.alcinea.com, a presença solar dos pioneiros poetas que fizeram suas plantações de lirismo em meio aos pés de açaí, nas margens úmidas do Amazonas e na linha do Equador. Foram poemas liricamente cultivados em solo fértil e magnânimo, que reverberam pelos anos e continuam se disseminando, cheios de vitalidade e ternura, pelo meio das novas gerações. Encantam, iluminam como os faróis, através do tempo, amenizando turbulências, vencendo labirintos e sendo alimento espiritual que fornece energia e acalanto a todos nós que somos amigos das Letras.”

Já está à venda na Amazon o meu mais novo livro: Poetas do Amapá Volume I, que é um recorte poético para quem deseja conhecer alguns autores amapaenses. Serão três volumes,  O segundo será lançado em abril e o terceiro em junho.
Neste primeiro volume falo dos poetas Alcy Araújo, Álvaro da Cunha, Paulo Tarso, Arthur Nery Marinho, Arilson de Souza, Mauro Guilherme, Isnard Lima, Maria Helena Amoras, Jô Araújo, Pat Andrade, Thiago Soeiro e Maria Ester.

A foto de capa é do mago da fotografia Floriano Lima e o prefácio é do imortal da Academia Amapaense de Letras Paulo Tarso Barros.

No prefácio, Paulo Tarso diz:
” Com textos enxutos, intimistas e cheios de significados, Alcinéa Cavalcante nos apresenta, sob seu ponto de vista, alguns poetas representativos de tempos diferentes e com visões de mundo e estilos próprios.
Ela, que conviveu (e convive) com esses poetas, registra as impressões e os sentimentos oriundos dessa enriquecedora vivência artística e sentimental, que começou com o seu pai Alcy Araújo, jornalista e boêmio dos bons e poeta de destaque na Amazônia, amigo de Álvaro da Cunha, Arthur Nery Marinho, Maria Helena Amoras e Isnard Lima – só para ficar na primeira geração dos poetas burocratas, com quem ela manteve estreita ligação afetiva e literária. E para completar esse ciclo, também recolhe poemas das novas gerações, principalmente autores oriundos das redes sociais, como Thiago Soeiro, Ester Pena, Pat Andrade e Arilson de Souza – e autores da geração intermediárias, como Jô Araújo.

Os poemas que carregamos pela vida integram-se ao nosso ser de maneira visceral. Acoplam-se ao sangue, aos neurônios e são parte de nossa alma imortal.

Vejo nesta coletânea de textos publicados originalmente no site www.alcinea.com, a presença solar dos pioneiros poetas que fizeram suas plantações de lirismo em meio aos pés de açaí, nas margens úmidas do Amazonas e na linha do Equador. Foram poemas liricamente cultivados em solo fértil e magnânimo, que reverberam pelos anos e continuam se disseminando, cheios de vitalidade e ternura, pelo meio das novas gerações. Encantam, iluminam como os faróis, através do tempo, amenizando turbulências, vencendo labirintos e sendo alimento espiritual que fornece energia e acalanto a todos nós que somos amigos das Letras.”

Por causa da pandemia, não fiz lançamento presencial, noite de autógrafos etc, mas você pode adquirir tanto o livro físico como a versão e-book no site da amazon.com

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