Feira do Livro do Amapá

Com o tema “Leitura e Memórias Ancestrais”, a Feira do Livro do Amapá (FLAP), começa no próximo sábado.
Diferente dos anos anteriores, desta vez as atividades se concentrarão apenas no Museu Sacaca,  Biblioteca Pública e algumas escolas.
As livrarias não participarão este ano.
A abertura está marcada para às 9h no Museu Sacaca.
O ciclo de palestras da Flap começa dia 14 e vai até dia 18, nos três turnos na Biblioteca Pública.
Confira a agenda de palestras clicando aqui

Os mineiros da floresta

convite-1Professor e pesquisador Adalberto Paz lança na próxima semana, dia 2 às 19h no Centro Cultural Franco Amapaense, seu livro “Os mineiros da floresta: modernização, sociabilidade e a formação do caboclo-operário no início da mineração industrial amazônica”.

O livro analisa as transformações socioculturais relacionadas à instalação do primeiro grande projeto de mineração na Amazônia, ou seja, a exploração das minas de manganês do Amapá, entre as décadas de 1940 e 1960, enfatizando como populações voltadas essencialmente para o extrativismo foram incorporadas à lógica capitalista do trabalho regular, hierarquizado e assalariado. Nesse empreendimento, a construção de duas “cidades-operárias” (Serra do Navio e Vila Amazonas), no interior da floresta amazônica, ambicionava a formação de um tipo específico de trabalhador e de família, forjando comunidades orientadas pela busca da harmonia entre capital e trabalho.

Manoel de Barros

Faleceu na manhã de hoje em Cuiabá, aos 97 anos, o poeta Manoel de Barros. Faleceu não. Virou pássaro.

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“Meus ombros emigram de mim para os pássaros.
E o corpo foge, roçando nos cactos secos do deserto.

Ó Deus, amparai-me.
Os limites me transpõem”
(Manoel de Barros)

Ângela Ramalho lança livros de poesia e de contos em Maringá

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Depois de lançados com sucesso na 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo (agosto/2014) e na 1ª FLIM – Festa Literária de Maringá (PR) em outubro/2014, a escritora Ângela Ramalho lança dia 27, no hall de entrada da Câmara Municipal de Maringá (PR) seus livros “Traços” e “Entendendo as pessoas grandes”.
Ângela escreve desde a adolescência, mas suas publicações literárias iniciaram em 2007 no Jornal Letras Santiaguenses (Santiago-RS). De forma independente, publicou três livros: dois no gênero poesia (“Palavras Pedem Passagem” e “Poeminhas Dedicados”) e um de crônicas e contos (“De Abraços & Cheiros”). Em Antologias sua participação ultrapassa a marca de 30 publicações.

Lindas Lendas hoje em Fotaleza

Lançada emC grande estilo dia 29 passado na Bienal Internacional do Livro em São Paulo, a coletânea “Lindas Lendas Brasileiras” será lançada também em vários estados brasileiros ainda este ano e em março do ano que vem em Paris.

Hoje, 10 de setembro, o lançamento é em Fortaleza (CE), às 20h no Ideal Clube, como parte da programação “Setembro Cultural”.

Lendas como a da Mãe D’Agua, do Saci-Perêrê, do Ipê-Amarelo, da Vitória-Régia, do Pé de Jambo, do Lobisomem, da Pedra Encantada do Guindaste, da Lagoa do Opaia e tantas outras estão nessa obra de autoria de integrantes da Rede de Escritoras Brasileiras (Rebra), presidida por Joyce Cavalcantte.

Num Brasil rico de cultura, e nem sempre valorizada ou prestigiada, nada mais providencial do que resgatar seus mitos, suas lendas, através da literatura, onde diversas autoras contam essas histórias das mais variadas formas”, diz o jornal cearense “O Estado”

Eu faço parte dessa antologia com o texto “A Pedra Encantada do Guindaste”. E me orgulho de fazer parte de tão importante antologia que resgata as mais belas lendas brasileiras e torna conhecida em todo o país a nossa pedra do guindaste, de cima da qual São José abençoa quem chega na cidade de Macapá.

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Um camaleão no meu quintal

Mas não é um camaleão qualquer. É o Edilberto

camaleaoDe repente os cachorros começaram a latir do jeito que fazem quando algum estranho se aproxima do portão da nossa casa. Mas o latido vinha do quintal.

Meu filho Márcio foi ver o que era e deu de cara com um imenso camaleão que estava sendo acuado pelos cachorros. Devagar se aproximou do bicho, fez-lhe um carinho e ele, buscando segurança, subiu no braço do meu filho. Os cachorros pararam de latir e o camaleão, sentido-se protegido, acalmou-se.

Enquanto prendíamos os cachorros, Márcio achou por bem levar o camaleão para dar uma voltinha na frente de casa, acho que para evitar que o Major e a Pepeu (são os cachorros) se estressassem.

Na frente de casa o camaleão foi batizado com o nome de Edilberto e apresentado a minha irmã Alcilene – que é minha vizinha.

Bom, eu tô dizendo aqui que o Edilberto é um camaleão. Mas há controvérsias. O Márcio, por exemplo, assegura que é uma iguana.

Feito o passeio pela calçada, as apresentações de praxe e as fotografias, vem a pergunta: O que fazer agora? Soltar o bicho por aí ou chamar o batalhão ambiental?

Quem sabe o Edilberto tá com sede? Melhor dar-lhe um pouco de água e depois chamar o Batalhão Ambiental.

Entramos todos. Márcio foi se abaixando devagar para que o Edilberto descesse de seu braço, sem susto, e bebesse água, porém, com velocidade e destreza espantosas o bicho subiu numa das magueiras de nosso quintal e sumiu.

Isso aconteceu sábado. E desde sábado todos aqui em casa ficam vigiando a mangueira à procura do camaleão (ou iguana). Qualquer barulhinho todo mundo corre pro quintal achando que é o Edilberto que resolveu descer da mangueira para beber água.

No quintal da nossa casa tem muito passarinho, calango, paquinha, grilo e até camaleão … mas um desse tamanhão foi a primeira vez.

Na vizinhança o pessoal anda falando que o Ediberto morava há vários meses numa árvore aqui pertinho. O problema – dizem – é que muitos motoras usam a sombra daquela árvore como estacionamento, aí o bicho foi ficando irritado, nervoso, estressado e resolveu procurar uma casa nova, num lugar mais sossegado, de preferência num quintal como o meu.

Do alto dos seus 70 anos um vizinho assegura que isso é verdade e jura que viu com “os olhos que a terra há de comer” o bicho tentando entrar, dia desses, na clínica do cardiologista Furlan – que fica a poucos metros daquela árvore – quem sabe atrás de um remedinho pra combater o estresse.

Há também quem garanta que trata-se de uma camaleoa ovada procurando um lugar tranquilo para desovar. Como eu não entendo nem de camaleão nem de iguana fico só escutando as histórias.

Um amigo nosso sugeriu que se a gente quiser voltar a ver o Edilberto temos que fazer vigília perto da mangueira. Segundo ele, na calada da noite o bicho deve descer pra beber água. Outro diz que isso é tolice e lembra que assim como os políticos vivem trocando de partido os camaleões vivem trocando de cor, portanto quando a gente pensa que o Edilberto está num partido … ops… num lugar ele está em outro.

Falar nisso, o poeta Pepê Matos diz que o bicho tem mesmo cara de Edilberto e que “de edil (vereador) tem tudo: assim que ficou famoso, sumiu…”

A jornalista Dulcivânia Freitas, assessora de comunicação da Embrapa, conta que lá onde ela trabalha, como os portões ficam abertos, os camaleões entram e ficam passeando pelos corredores. O DJ Ronaldo Monteiro diz que no quintal da casa dele também dá muito camaleão.

Tá certo, Dulcivânia. Tá certo, Ronaldo. Mas nenhum desses que aparece por aí é o Edilberto, disso tenho certeza. O Edilberto tem porte, tem beleza, é diferente de todos os outros camaleões que vivem correndo por aí e pelo meu quintal e fugindo dos cachorros. O Edilberto, mesmo acuado, não fugiu, não se entregou, não se acovardou. Sei lá… mas me parece que o Edilberto é um camaleão (ou iguana) de caráter, coragem e dignidade, apesar do poeta Pepê Mattos ter achado que ele se comporta como certos políticos.

(Crônica extraída meu  livro Paisagem Antiga, lançado em 2012 na Bienal Internacional do Livro pela editora Scortecci)

Na Bienal

elielsonO jovem escritor amapaense Elielson Junior lançou hoje  na 23ª Bienal do Livro em São Paulo seu romance “A Anfitriã”, estande G671 – Editora Garcia Edizione. E fez bonito lá. Vendeu bastante, foi elogiado e abraçado por muitos e continua na Bienal em sessão de autógrafos nos dias 27, 28 e 29.08, nos horários de 11h às 14h, e 18:30h às 20h.
Sucesso, garoto. Você é a revelação do ano dos jovens escritores amapaenses.