Um bom lugar

SBanco da Praça Barão – um bom lugar para papear, namorar, ver a tarde passar indolentemente, ler um livro ou poesias penduradas nas árvores pelo Movimento Poesia na Boca da Noite

Macapá eu cuido de você

Moradores do bairro Perpétuo Socorro adotam praça

Com a intenção de melhorar e fazer da Praça Radialista Agostinho Nogueira de Souza, no Perpétuo Socorro, um ponto de encontro, lazer e diversão no bairro, os moradores adotaram o espaço pelo projeto “Macapá eu cuido de você”, idealizado pela Prefeitura de Macapá.

A iniciativa da ação é do morador Celso Jesus Silva, conhecido como Neguinho, e do empresário Raimundo Pinheiro, que neste sábado, 28, a partir das 8h, realizarão, juntamente com os demais residentes do bairro, mutirão para pintar, limpar e revitalizar a praça.

Neguinho, que é delegado do Planejamento Participativo Anual (PPA) da Prefeitura de Macapá, aderiu ao “Macapá eu cuido de você” e adotou a praça junto com o amigo Raimundo. Eles conseguiram sensibilizar moradores, além de empresários e comerciantes do bairro, ganhando material para a ação.

“Queremos fazer do local um ponto de encontro, onde as pessoas poderão frequentar à noite. As crianças poderão brincar, poderemos ter nossos campeonatos de futebol, possibilitando também aos vendedores comercializarem pipoca, bata-frita e outras guloseimas. Esse lugar é belíssimo e faz parte da orla da cidade”, afirma Celso.

Na ação, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semam) plantará 25 mudas de árvores. Cerca de 10 servidores estarão envolvidos no mutirão.

De acordo com o diretor do Departamento de Arborização da Semam, Eder Rola, esse trabalho foi realizado no primeiro semestre deste ano, onde a prefeitura fez a arborização e colocou proteção, mas infelizmente foram quebradas e algumas mudas foram retiradas. “As árvores têm potencial para crescerem e darem sombra, mas precisam do cercado de proteção. Esta ação dos moradores é bem-vinda. É importante ter quem cuide, afinal é um patrimônio de todos”, ressalta Eder.

Serviço
Data:
28/09 (sábado)
Hora: 8h
Local: Praça Radialista Agostinho Nogueira de Souza
Endereço: entre a Avenida José Tupinampá (antiga Nações Unida) e Avenida Gertrudes Saturnino Loureiro

(Pérola Pedrosa/Asscom PMM)

Macapá, eu cuido de você

Programa “Macapá, Eu Cuido de Você” será apresentado nesta sexta
Programa visa estimular a participação cidadã empresarial e individual.

 A Prefeitura de Macapá apresentará o Programa “Macapá, Eu Cuido de Você” nesta sexta-feira, 06, às 9h, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O Programa será desenvolvido com a participação espontânea e voluntária de pessoas físicas ou jurídicas, interessadas em construir, recuperar e preservar logradouros públicos e prestar serviços diversos, junto com a administração pública municipal, em favor da cidade.

A idéia é incentivar o compromisso cívico, num processo de reconhecimento dos cuidadores da cidade e levar para outras pessoas essa experiência, mostrando que ações espontâneas formam uma rede e podem ser articuladas em busca de resultados concretos ainda maiores para Macapá. “Estamos diante de uma grande oportunidade para fortalecer e ampliar a consciência cidadã, pois da mesma forma que somos detentores de direitos, também temos responsabilidades. Dar exemplo de cidadania é cuidar da nossa cidade como gostamos de cuidar da nossa própria casa”, compartilhou o secretário municipal para Assuntos Extraordinários, Claudiomar Rosa, coordenador do Programa.

Com isso, a adoção de espaços públicos e a prestação voluntária de serviços de toda ordem podem ser feitas por empresas, profissionais liberais de todas as áreas, organizações não governamentais, associações, entre outros. A iniciativa também integra o projeto urbanístico para os espaços que serão adotados e que será elaborado pelo interessado ou pela Secretaria Municipal para Assuntos Extraordinários (Semae) e demais secretarias parceiras nos projetos. Os técnicos dos órgãos envolvidos prestam orientação e fazem o acompanhamento dos serviços que serão realizados pelos parceiros.

Todos podem cuidar de Macapá
Em todo País a participação de agentes privados em questões públicas tem sido amplamente discutida e várias empresas e profissionais liberais de diversas áreas já começaram a encontrar formas de disseminar a cidadania empresarial e pessoal, ou seja, a atuação da empresa e de pessoas individualmente com responsabilidade social.
Adotar posturas éticas e compromissos sociais com a comunidade pode ser um diferencial competitivo e um indicador de rentabilidade e sustentabilidade no longo prazo. Os consumidores valorizam comportamentos nesse sentido e passam a preferir produtos de empresas identificadas com práticas cidadãs e solidárias.

Exemplos de pessoas que cuidam de Macapá
São 25 anos de compromisso com Macapá. O amor pela cidade tornou Vanilton Brasil o anjo da guarda do Mercado Central. O empresário, que tem um empreendimento próximo ao patrimônio histórico, decidiu colaborar com a preservação e manutenção do local. Sua colaboração vai desde uma simples troca de lâmpada, até iniciativas de limpeza, pintura, revitalização da caixa de esgoto, além de cuidados com a calçada e pequenos reparos na parte interna do Mercado. A boa iniciativa foi herdada do pai, pioneiro no comércio de Macapá. A família se multiplicou, assim como as iniciativas de plantar o bem, e são pessoas como Vanilton Brasil que tornam Macapá uma cidade acolhedora.

Espaços para adoção
Praças, jardins, canteiros públicos; refeitório escolar; salas de leitura escolar; TV escola; biblioteca escolar; sala de multimídia; salas de informática escolar; projeto desenvolvido por uma unidade escolar, folclórico, ecológico, desportivo; quadras desportivas escolares; quadras desportivas públicas; unidades básicas de saúde (pequenas reformas e reparos nas instalações); projetos para a terceira idade (ginástica, dança, natação, esportivos, teatral e artesanato); projetos para crianças em situação de risco social (esportivo, musical, teatral, capoeira e dança) e espaços de acessibilidade para pessoas com deficiência.

Benefícios
A empresa ou entidade que adotar uma praça ou qualquer espaço público terá o direito de fazer publicidade no local. Porém, como o programa trata do embelezamento da cidade, não será permitido que ocorra poluição visual. O tamanho da propaganda depende da dimensão do trecho cuidado. Essas regras serão definidas pelas secretarias parceiras do programa. A empresa será certificada como “Empresa Amiga da Cidade”, que será amplamente divulgado através do site, bem como o local adotado ganhará um “Selo de Qualidade”.

Aqui eu moro! Aqui eu cuido!

(Lílian Guimarães – Asscom PMM)

Macapá, a capital sem água nem esgoto

Do jornal O Estado de S.Paulo

Macapá, a capital sem água nem esgoto

Pablo Pereira – enviado especial de O Estado de S.Paulo

MACAPÁ – Uma cidade com 3% da área servida por rede de coleta de esgoto, 17% da população em região de ressaca do Rio Amazonas e o restante com fossas sanitárias, em muitos casos cavadas ao lado de poços d’água, e cerca de 60% das casas sem água encanada. Essa realidade do saneamento básico transforma Macapá, capital do Amapá, com 407 mil habitantes, no retrato do descaso. Todos os dias, crianças lotam hospitais com verminoses, dor de barriga e doenças de pele.

 

Comunidade São Lazaro, na cidade de Macapá  - Márcio Fernandes/AE
(Foto: Márcio Fernandes/AE)
“Ele já teve diarreia e agora está com coceira”, afirmou Anne Caroline Melo, de 19 anos, mãe de Carlos Henrique, de 6 meses, moradora do alagado de São Lázaro. Na quarta-feira, contou que havia um mês o filho tivera febre alta e fora levado ao Pronto Atendimento Infantil, no centro. Há três meses vivendo na pequena casa de madeira construída sobre o charco fétido existente há décadas e pagando R$ 200 de aluguel, sonha com o dia de ir embora.

Para o vendedor Sandro Melo, que também mora com os três filhos no alagado, a torcida é para que seja aceito no projeto Minha Casa Minha Vida. “Estou esperando. Aqui, o meu menino mais novo já teve diarreia. O médico disse que é por causa da água”, contou o rapaz.

A vizinha dele, Samara dos Santos, de 25 anos, também gostaria de partir. Com dois filhos, mora na área há 4. E eles já foram vítimas das doenças que perseguem as crianças da região. “Esse povo aqui da baixada é um povo esquecido”, disse.

A situação dos moradores do alagado de São Lázaro está longe de ser exceção. “É um exemplo de área de ressaca do município que precisa de solução rápida”, afirmou na quinta-feira o secretário da Saúde de Macapá, Dorinaldo Malafaia. “A situação de falta de saneamento no município é geral e gravíssima”, admitiu.

O impacto sobre a saúde é visível. A situação piora no “inverno amazônico”, nos primeiros cinco meses do ano, quando as águas potencializam a proliferação de doenças. De janeiro a maio, 5.483 atendimentos foram registrados no pronto-socorro infantil – diarreia, vômito, infecção intestinal, tudo reunido como gastroenterocolite aguda (ou Geca).

Qualquer mãe do Amapá, porém, imagina que os números estão bem abaixo do real. “Muitas vezes a gente nem leva no hospital”, diz Cláudia Silva, de 33 anos, que há 8 vive no São Lázaro. Ela teme que a filha Amanda, de 7, acostumada a correr sobre as passarelas de madeira, volte a cair na água podre sob as casas. Até agora, ela não aparenta ter problemas.

Em áreas vizinhas a São Lázaro, como o bairro Pantanal, a cerca de 2 km, a situação é igual. Nas habitações da beirada do rio, os dejetos humanos correm direto para a margem encoberta pelo matagal. Nos locais mais altos, assim como em bairros de classe média, os restos sanitários vão para as fossas. Os lotes são ladeados, em muitos casos, por poços de água, do tipo “amazonas”.

Os “amazonas” são os buracos no chão, alguns cercados de tijolos. Por R$ 500, um pedreiro cava um. Já para construir um poço artesiano, que busca água em lençol freático mais profundo, o preço muda. “É de R$ 2 mil a R$ 3 mil”, diz uma moradora do Pantanal.

Sobre o abastecimento de água, feito pela empresa estadual Caesa, a prefeitura de Macapá não tem certeza da extensão da rede. Dados informados pelo Amapá ao governo federal dão conta de cobertura de 41,7% da população urbana do Estado.

Indústria. Um caminhão de esgoto retirado de uma fossa de uma casa de quatro pessoas, com três banheiros, não custa menos de R$ 120. Há uma dezena de empresas especializadas. Os dejetos enchem os caminhões, espécie de aspiradores gigantes, com capacidade para 8 mil litros, e são descarregados na lagoa de decantação de Pedrinhas. Na sexta-feira, o tráfego era constante na descarga. “É época de pagamento de salário”, disse um motorista.

A procura pela limpeza de fossas é constante. “Registramos uma média mensal de 160 a 180 carradas (cargas)”, explicou a vendedora Elaine Cabral, da Jucar Saneamentos, que atendeu na quinta-feira o professor universitário Ricardo Ângelo Pereira de Lima. “O que mais nos incomoda nem é o pagamento do serviço”, afirmou Lima. “O que preocupa é a contaminação do solo, das águas. Macapá tem uma população permanentemente doente.”

Mercado Central será revitalizado

Neste sábado (31), o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) apresentou ao prefeito Clécio Luís, gestores da Macapatur, Secretaria de Obras de Macapá, Fundação de Cultura e Planejamento Urbano de Macapá e a Associação dos Amigos do Mercado Central a emenda no valor de R$2,5 milhões, destinada à revitalização da área interna do Mercado.

O valor já está disponível na Caixa Econômica Federal e o projeto na fase final de ajustes. A prefeitura dará uma contra partida no valor de R$159.600,00. “O Mercado é um riquíssimo patrimônio para o povo do Amapá, uma parte importante da história. É um lugar que aglutinou e aglutina uma riquíssima diversidade de identidades amapaenses”, disse Randolfe.

Hoje o prédio do Mercado conta com 37 boxes, com atividades voltadas para o segmento de alimentação. Embora com problemas de infraestrutura, o Mercado ainda preserva alguns pontos de comércio e investe em programações que resgatam a cultura amapaense e nortista.

História – O Mercado Central foi construído no governo de Janary Gentil Nunes e inaugurado em 13 de setembro de 1953. Dez anos após a criação do Território. A praça onde está o Mercado é denominada de Theodoro Mendes. A construção do Mercado Central foi um marco nas obras do governador Janary Nunes. Nessa época, a área comercial de Macapá, ficava restrita à Doca da Fortaleza e a rua Cândido Mendes.

(Carla Ferreira)

Moradores do conjunto Embrapa fecham ruas e queimam pneus cobrando pavimentação

Jovens, adultos, crianças e idosos que moram no Conjunto Embrapa/Bairro Universidade, em Macapá, começaram o dia cobrando um direito elementar que jamais foi garantido, nem mesmo de forma paliativa: a pavimentação.
Com faixas, apitos, cartolinas, união, palavras de ordem, queima de conj.embrapapneus, interdição da avenida Inspetor Marcelino procuraram chamar a atenção dos gestores responsáveis pelas políticas de urbanismo (Governo do Estado e Prefeitura de Macapá) e também suas equipes técnicas de acesso direto aos governantes. “Este conjunto tem cerca de 25 anos, tempo suficiente para uma pessoa casar, ter um filho e neto. E nesses anos todos as ruas nunca receberam qualquer tipo de pavimentação”, disse a jornalista Dulcivânia Freitas, moradora do conjunto.
Na sua página no facebook, a jornalista postou:  “É um desalento você tentar fazer caminhada, passear com filho em carrinho de bebê etc etc…na verdade uma feiúra total, sem falar na falta de condições dignas para uma caminhada. Quando não é o poeirão, é a lama. Entra ano e sai ano, é assim. Entra década e sai década, é assim. Não é uma situação que a gente deva ser conformar, e também não é uma situação que os gestores públicos devam fazer de conta que não existe. As equipes do Governo do Estado e da Prefeitura de Macapá devem, no mínimo, elaborar uma proposta (incluindo o financeiro a fonte de recursos, obviamente) para ser executado por meio do orçamento de 2014 a ser votado na Assembléia e Câmara Municipal, respectivamente. Em tempo: investimento em saneamento, drenagem e pavimentação é investimento em saúde.”