Alzira Soriano, primeira prefeita eleita no Brasil

A primeira prefeita do país foi Alzira Soriano, eleita em 1928 para comandar  o município de Lajes, no estado do Rio Grande do Norte, com 60% dos votos. Durante sua administração, ela promoveu a construção de estradas, mercados públicos municipais e a melhoria da iluminação pública. O jornal norte-americano The New York Times inclusive a citou, à época, como a primeira prefeita eleita em toda a América Latina. Com a Revolução de 1930, perdeu o mandato por não concordar com o governo de Getúlio Vargas.

A responsável pela indicação de Alzira como candidata à Prefeitura de Lajes foi a advogada feminista Bertha Lutz, uma das figuras pioneiras do feminismo no Brasil.

(Fonte: TSE)

Eleições 2024 – prazos de desincompatibilização

Prazos para desincompatibilização

Os prazos para a desincompatibilização, que variam de acordo com a função ocupada pela pessoa interessada e a vaga a qual ela pretende concorrer, são calculados considerando a data do primeiro turno das eleições, que, neste ano, será no dia 6 de outubro.

Assim, os secretários municipais – ou membros de órgãos congêneres – que quiserem concorrer a uma vaga de vereador devem se afastar seis meses antes do pleito. Já para a vaga de prefeito ou vice-prefeito, o prazo para os secretários municipais (incluídos aqui também os secretários estaduais) se desligarem do cargo é de quatro meses.

No caso de servidores públicos, estatutários ou não, a Justiça Eleitoral determina o prazo de desincompatibilização de três meses para a disputa do cargo de prefeito, vice-prefeito e vereador.

Se os ocupantes do cargo de diretor de departamento municipal estiverem interessados em se candidatar a uma vaga de vereador, devem se afastar seis meses antes das eleições.

Já magistradas e magistrados devem se afastar quatro meses antes do pleito se quiserem se candidatar ao cargo de prefeito ou vice-prefeito, e seis meses antes se desejarem concorrer a vereador.

(Fonte: TSE)

Ei, Waldez, assa um tucunaré pro Lula!

Em seu pronunciamento hoje em Macapá, o presidente Lula cobrou do ministro e ex-governador do Amapá Waldez Góes um tucunaré assado.
Lula lembrou que quando vinha ao Amapá na época que Waldez era governador  sempre comia tucunaré na residência governamental e até hoje fica com água na boca quando lembra disso. “Já  faz um ano que o Waldez é ministro, e até agora eu quero saber do meu tucunaré assado, porque cru não me interessa”, disse Lula.

Senador Davi Alcolumbre garante lutar, em todas as esferas, pela pesquisa exploratória de petróleo no Amapá

O coordenador da bancada federal do Amapá no Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (AP), garantiu, nesta quinta-feira (18), que vai continuar lutando, com todas as forças e em todas as esferas, para ter assegurado o direito de o estado iniciar uma pesquisa sobre exploração de petróleo.

“A decisão do Ibama em negar a licença para que a Petrobras realize a pesquisa exploratória de petróleo na margem equatorial do Amapá é um desrespeito ao povo amapaense. Vamos lutar unidos, amparados por critérios técnicos, legais, razoáveis e proporcionais, em conjunto com o governo federal, bancadas federal e estadual, governo do estado, entidades e sociedade civil para reverter essa decisão equivocada e injusta. O Amapá lutará e não lutaremos sozinhos”, disse o parlamentar em nota oficial.

Senador Randolfe deixa o partido REDE e promete lutar contra decisão do Ibama

O senador Randolfe Rodrigues anunciou sua saída do partido REDE e disse que vai lutar contra a decisão do Ibama.  “Junto a todas as instâncias do governo federal, reuniremos todos aqueles que querem o desenvolvimento sustentável do Amapá, para de forma técnica, legal e responsável lutarmos contra essa decisão”, prometeu.

Em nota, dirigida ao partido, ele pediu desfiliação em caráter irrevogável da REDE.

Leia a nota

“Companheiros e companheiras da REDE SUSTENTABILIDADE:

Nos últimos anos, o povo brasileiro enfrentou a sua quadra mais dramática. A Democracia, há muito conquistada, esteve sob real ameaça.

Neste período, nas ruas, nas instituições e em especial no Parlamento, o nosso partido esteve ao lado dos brasileiros lutando contra o fascismo, e cumpriu um papel histórico com amor, coragem e dedicação. Me honrará para sempre ter sido parte desta jornada épica.

Agradeço o companheirismo e o convívio deste período, em especial levo para toda a vida exemplos de lealdade ao povo, como o da companheira Heloísa Helena, que ontem, hoje e sempre me inspirará.

Minhas palavras trazem, sobretudo, gratidão. Tenho a certeza que continuaremos juntos, nas lutas por democracia, justiça e na construção de uma sociedade livre da fome e da opressão.

Dito isso peço, em caráter irrevogável, a minha desfiliação da REDE SUSTENTABILIDADE.

Randolfe Rodrigues
SENADOR DA REPÚBLICA PELO AMAPÁ”

Randolfe articula reunião com BNDES para resolver o problema dos trabalhadores da Jari Celulose que estão há 8 meses sem receber salários

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) promoveu nesta segunda-feira (3) um encontro entre o presidente do BNDES, Aloísio Mercadante, e representantes de três esferas de governo do Amapá com o objetivo de encontrar soluções para a recuperação judicial da empresa Jari Celulose. O banco é o principal credor da companhia e, de acordo com o parlamentar, pode ter um papel importante para a reabilitação dela.

Participaram da reunião o governador Clécio Vieira (Solidariedade), a presidente da Assembleia Legislativa, Alliny Serrão (União Brasil), além dos prefeitos Ary Duarte (DEM), de Vitória do Jari, Márcio Serrão (DEM), de Laranjal do Jari, Maria Lucidalva Bezerra de Carvalho (MDB), de Almerim, do presidente da Câmara Municipal, vereador Rafael Toscano (Rede), e do responsável pela recuperação judicial da Jari Celulose, Mauro Santos.

“A presença de representantes das três esferas de governo na reunião dá noção da importância do tema para a região e para o Brasil inteiro, dada a posição estratégica do nosso Estado no país e para o tema do desenvolvimento sustentável. Estou certo de que encontraremos uma solução que atenda principalmente a população de mais de 120 mil cidadãos extremamente afetados pelo atraso de salários da empresa no Amapá e no Pará”, pontuou Randolfe.

Durante o encontro, o presidente do BNDES, Aloísio Mercadante, relatou que a assessoria técnica do banco está informada sobre a situação e vem pensando alternativas para colaborar na solução do problema dentro dos limites legais impostos pela legislação. O BNDES é atualmente o maior credor da Jari Celulose.

“O BNDES tem o maior interesse possível em que a fábrica da Jari Celulose não não vá à falência e está convencido da importância da continuidade do projeto na região. Estamos aguardando uma análise técnica que deve trazer a avaliação sobre a viabilidade das operações da empresa”, afirma Mercadante. Para o presidente, é necessário também trabalhar no engajamento dos demais credores da empresa na renegociação de débitos.

A situação da Jari Celulose é dramática para os trabalhadores, que já acumulam mais de 8 meses de atraso de salários, impactando a economia de toda a região.

(Texto: Carla Ferreira)

Camilo Capiberibe diz que a criação da federação PSB/PDT/Solidariedade poderá engessar seu partido

O ex-deputado Camilo Capiberibe (PSB) diz que não há qualquer chance da federação PSB/PDT/Solidariedade dar certo no Amapá.
Na semana passada, em Brasília, a executiva nacional do PSB aprovou a criação dessa federação. Camilo votou contra.

Formada a federação os três partidos terão só um candidato a prefeito e uma só nominata para Câmara de Vereadores, na próxima eleição.
E quem vai dar as cartas? O PDT do ministro Waldez Góes, o Solidariedade do governador Clécio ou o sem mandato PSB? Acho – só acho, e não sou especialista no assunto – que nesse caso o PSB é carta fora do baralho. Vale lembrar que PSB (leia-se Capiberibes) e PDT (leia-se Góes) há muitas e muitas eleições são adversários ferrenhos, às vezes até mais que adversários: inimigos.
Aliados em várias eleições, Capiberibes e Clécio se tornaram adversários nos últimos tempos. A camaradagem virou desamor e  pessebistas escreveram o nome de Clécio em seus caderninhos de ex-amigos, haja vista a campanha pesada – e muitas vezes suja – que fazem contra ele e seu governo.
Portanto, penso que caberá a Waldez e Clécio (e ainda com apoio do senador Davi Alcolumbre) escolher o nome que comandará a federação no Amapá.

Nas redes sociais, Camilo Capiberibe disse que nacionalmente o PSB não tem problema nenhum na relação com o PDT e nem com o Solidariedade mas discorda de se fazer uma federação agora pois isso engessará seu partido nas eleições de 2024.

“Na prática ela retira integralmente a autonomia dos diretórios municipais nas decisões sobre a sucessão municipal”, diz Camilo. E ressalta: “O PDT do Amapá, diferente do PDT do Brizola é um partido do centrão”.
Ele deixa claro que é favorável a uma federação partidária, mas não agora.

Deputada Goreth promete apoiar o ministro da Educação “com muita energia”

A deputada federal  Professora Goreth (PDT-AP) disse que ficou muito feliz com o primeiro pronunciamento do ministro da Educação, Camilo Santana.
“Ele falou de coisas que verdadeiramente importam para todos nós que fazemos Educação, como valorização dos profissionais da Educação, aprendizagem dos estudantes, melhoria dos ambientes escolares, investimento na cultura digital, internet para todas as escolas”, ressaltou. Ela disse ainda que tem certeza que o Brasil vai seguir avançando e como deputada federal vai apoiá-lo com muita energia.

Pará é o estado da região Norte com mais registros de violência política desde 2018

Entre os estados da região Norte, o Pará acumulou metade dos casos de violência política na região desde as eleições de 2018 até o 1º turno eleitoral deste ano, sendo 5 assassinatos. É o que aponta a segunda edição do estudo Violência política e eleitoral no Brasil,produzido pelas organizações de direitos humanos Terra de Direitos e Justiça Global, lançado nesta segunda-feira (10). O estudo analisou o período entre 2 de setembro de 2020 e 2 de outubro de 2022, onde foram mapeados 523 casos ilustrativos de violência política envolvendo 482 vítimas entre representantes de cargos eletivos, candidatos/as ou pré-candidatos/as e agentes políticos no Brasil.

Nesse período de pouco mais de dois anos, foram registrados 54 assassinatos, 109 atentados, 151 ameaças, 94 agressões e 104 ofensas, além de 6 casos de criminalização e 5 de invasão. Apenas no período eleitoral, até o primeiro turno, entre 1 de agosto e 2 de outubro de 2022, 121 casos de violência política foram registrados contra agentes políticos, praticamente, dois casos de violência política por dia. No Pará destacam-se o assassinato do candidato à vereador pelo município de Parauapebas, Francisco da Silva (PP), os ataques virtuais homofóbicos contra o vereador de Santarém, Biga Kalahare (PT), e a invasão ao escritório da deputada federal, Vivi Reis (Psol).

A segunda edição confirma a tendência de crescimento da violência política a partir de 2019, apresentada na primeira edição do estudo. Enquanto, até o ano de 2018, uma pessoa era vítima de violência política a cada 8 dias, a partir de 2019 os episódios de violência foram registrados a cada dois dias. Apenas o ano de 2022 já registra 247 casos – ou seja, um caso de violência política é registrada a cada 26 horas. O número de episódios neste ano já supera o total de 2020, quando houve eleições municipais (ver série histórica) e é mais de 400% maior do que o número de casos registrados em 2018, quando também ocorreram eleições presidenciais.

“Essa tática da violência pode ter um reflexo perverso na garantia da democracia. Esse clima de ódio e medo tem um impacto profundo em como as candidaturas realizam suas campanhas e dialogam com a população. É preciso também refletir o quanto essa violência intimidou segmentos a retirarem suas candidaturas – pessoas, inclusive, cuja representação teria grande importância, como mulheres negras, pessoas trans e LGBTQIA+”, avalia Gisele Barbieri, coordenadora de incidência política da Terra de Direitos.

Essa segunda edição completa o primeiro levantamento lançado em 2020, que analisou casos ilustrativos de violência política entre 1 de janeiro de 2016 a 1 de setembro de 2020. A série histórica iniciada em 2016 com dados até 31 de julho de 2022 registra 850 episódios desse tipo de violência. A segunda edição da pesquisa analisou episódios de violência política publicizados em portais, redes sociais e veículos de comunicação.

“A ação do Estado para o combate a essa violência ainda não é suficiente. Na primeira edição da pesquisa fizemos várias recomendações ao Estado, por meio de órgãos eleitorais e do sistema de justiça, por exemplo, apontando o quanto a ação do Estado precisa ser integrada para inibir a violência política. Por mais que tenhamos feito um processo de incidência nesses órgãos para cobrar medidas, foram criados canais de denúncia, tivemos até mesmo uma legislação específica sobre a violência política contra mulheres aprovada em 2021. Mas essa ação ainda é muito tímida se compararmos o estrago que essa violência traz ao processo democrático. É preciso que esses casos sejam denunciados, que os servidores de órgãos do Estado estejam preparados para receber essas denúncias, que elas sejam encaminhadas judicialmente, que esses agressores sejam identificados e punidos. Além disso, é necessário garantir proteção a essas pessoas para que esses episódios de violência não resultem no impedimento delas de exercerem seus direitos políticos”, avalia Gisele Barbieri, coordenadora de incidência política da Terra de Direitos.

Ataques à vida
O período analisado na segunda edição do estudo também aponta que a cada 5 dias ocorre um assassinato ou atentado à vida por violência política e eleitoral no Brasil. São Paulo (24), Rio de Janeiro (22) e Bahia (20) são os estados com maior número de assassinatos e atentados, seguidos por Pará(14) Pernambuco (08) e Paraíba (07).

Entre os partidos das vítimas, PT e PSOL representam mais de um quarto dos casos de violência política. “Se na primeira pesquisa vimos que a violência política atingia todos os partidos de diferentes espectros políticos, nesta segunda edição, percebemos uma concentração de ataques a partidos de centro-esquerda e parlamentares que atuam na defesa de direitos humanos, da população LGBTQIA+ e na pauta antirracista”, aponta Glaucia Marinho coordenadora da Justiça Global. A pesquisa observou que as mulheres são os principais alvos dentro desses partidos e que é mais frequente a recorrência de casos entre parlamentares da sigla.

Perfil das vítimas de violência política
A segunda edição do levantamento revela que o perfil das maiores vítimas permanece sendo os homens cisgênero que, além de serem a maioria em representação nos espaços de poder, são vítimas em 59% dos casos de violência política. As mulheres, que representaram 15,80% das pessoas eleitas em 2020 e 16,11% em 2018, são vítimas de 36% dos casos de violência política registrados no último período. São elas também as maiores vítimas de ameaças e ofensas. Mulheres trans e travestis também foram alvo de 5% dos episódios de violência.

Apesar de serem minoria entre os eleitos, as pessoas negras são vítimas de 48% dos episódios de violência política onde foi possível identificar cor e raça. Brancos representam 50%, enquanto amarelos e indígenas são 2%.

Com 175 registros, vereadores e vereadoras candidatos/as, eleitos/as e em exercício continuam sendo as principais vítimas dessa violência, seguidos por deputados/as federais e estaduais com 135 casos e prefeitos e vice-prefeitos com 53 casos.

Violência disseminada no período eleitoral
O levantamento de casos desde 2016 considera apenas episódios de violência contra agentes político-institucionais, sem contabilizar os casos em que os alvos não eram candidatos, pré-candidatos, pessoas que ocupam cargos eletivos ou políticos, assessores parlamentares e dirigentes partidários.

No entanto, em um levantamento à parte, as entidades identificaram desde agosto deste ano 68 casos de violência eleitoral disseminada, que teve como alvo apoiadores, eleitores e trabalhadores em diferentes funções – dentre esses, foram 6 assassinatos -, além de ataques a imóveis e depredação de urnas eletrônicas como forma de intimidar adversários e questionar o próprio processo democrático eleitoral.

Ou seja: considerando os 121 casos de violência política contra agentes político-institucionais mais os 68 casos de violência política disseminada, o período eleitoral registrou  189 ocorrências.

(Texto: Lizely Borges, da  Assessoria de comunicação Terra de Direitos)