Lucas Barreto repudia incitação à difamação contra Randolfe pelas redes sociais

O senador Lucas Barreto (PSD-AP) criticou nesta terça-feira (5) em Plenário o deputado federal Pastor Marco Feliciano (Podemos-SP), por incitar o presidente do PSL no Amapá, Pastor Guaracy, a promover uma campanha de difamação contra o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pelas redes sociais. Lucas Barreto salientou que, mesmo com as diferenças de ideias, Randolfe conta com seu respeito.

— Não é novidade para ninguém que o senador Randolfe e eu temos visões diferentes na política e aqui no Senado Federal, mas sempre nos respeitamos, pois vivemos numa democracia e é preciso, sobretudo, agir com equilíbrio. Atitudes assim não são de bom tom para a política, pois desgastam pessoas e instituições, alimentam o ódio e deixam mais distante a paz — afirmou Lucas Barreto.

O senador pediu que o Pastor Guaracy também repudie o pedido do deputado federal Pastor Marco Feliciano. Para ele, Guaracy “não se prestaria a papel tão vil”.

O discurso de Lucas Barreto foi aplaudido pelo senadores Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Flávio Arns (Rede-PR), que também defenderam Randolfe. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também condenou as ameaças ao senador.

— Uma agressão em uma mensagem que incita grupos a agredirem um parlamentar por conta de uma manifestação desse parlamentar, sem dúvida nenhuma, merece o nosso repúdio e a nossa indignação — disse Davi.

Os ataques de Feliciano a Randolfe vieram depois que o senador criticou as declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que acenou, em entrevista, com um “novo AI-5”, e também após o anúncio de Randolfe que faria uma representação contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, junto à Procuradoria-Geral da República, por obstrução de justiça no caso Marielle. Para Randolfe, a prática ficou configurada depois que Bolsonaro se antecipou à polícia e se apossou de um áudio da portaria do condomínio onde vive, impedindo as investigações.

(Fonte: Agência Senado)

Nota do PSOL sobre os ataques ao senador Randolfe

O PSOL Amapá repudia os ataques contra o senador da República Randolfe Rodrigues seja pela incitação contra os seus perfis em redes sociais ou contra sua atuação. O parlamentar cumpre um papel fundamental para a democracia, onde denuncia, questiona e argumenta em favor da sociedade, exercendo seu papel como líder da oposição do atual governo.

Consideramos a democracia um ideal inegociável, parte essencial de uma sociedade livre e plural, por isso é inadmissível que o ódio seja usado como arma para tentar intimidar ou calar aqueles que pensam diferente. O ódio não pode vencer o debate das ideias.

Nossa solidariedade ao senador Randolfe Rodrigues e pelo direito à oposição livre e democrática.

Dejalma Espírito Santo Ferreira Teixeira
Presidente diretório do PSOL Amapá

Ato 5 de novembro contra o AI-5

Do Congresso em Foco
5 de novembro contra o AI-5: Ato é convocado em todo o país

As desculpas de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) não reduziram às críticas à declaração em que o deputado federal sugeriu a volta do AI-5 caso a esquerda radicalizasse no Brasil. Movimentos sociais e membros de oposição já convocam até uma manifestação contra o possível retorno da ditadura. O ato está sendo marcado para a próxima terça-feira (5) em vários locais do Brasil e está entre os assuntos mais comentados do Twitter na tarde desta sexta-feira (1º).

A manifestação está sendo chamada de 5 de novembro contra o AI-5. Por isso, ganhou a hashtag #5NcontraAI5 no Twitter. Segundo posts que circulam nas redes com o logo da União Nacional dos Estudante (UNE), da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), já há atos confirmados em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Natal, Belo Horizonte, Goiânia, Fortaleza e Belém. (Leia mais)

Não vai

O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (1º) que não vai à posse do novo presidente da Argentina, Alberto Fernández, marcada para 10 de dezembro, em Buenos Aires.
Fernández venceu as eleições pela coalizão de esquerda Frente de Todos e sua vice é a senadora Cristina Kirchner, ex-presidente do país. Bolsonaro é crítico do kirchnerismo e apoiou a reeleição do presidente Maurício Macri, derrotado nas urnas no último domingo (27). (Leia mais)

Reforma da Previdência – Veja como cada senador votou

Senador Partido UF Voto
Acre
Mailza Gomes PP AC Sim
Marcio Bittar MDB AC Sim
Sérgio Petecão PSD AC Sim
Alagoas
Fernando Collor PROS AL Não
Renan Calheiros MDB AL Não
Rodrigo Cunha PSDB AL Sim
Amazonas
Eduardo Braga MDB AM Sim
Omar Aziz PSD AM Sim
Plínio Valério PSDB AM Sim
Amapá
Davi Alcolumbre DEM AP _
Lucas Barreto PSD AP Sim
Randolfe Rodrigues REDE AP Não
Bahia
Angelo Coronel PSD BA Sim
Jaques Wagner PT BA Não
Otto Alencar PSD BA Não
Ceará
Cid Gomes PDT CE Não
Eduardo Girão PODEMOS CE Sim
Tasso Jereissati PSDB CE Sim
Distrito Federal
Izalci Lucas PSDB DF Sim
Leila Barros PSB DF Não
Reguffe PODEMOS DF Sim
Espírito Santo
Fabiano Contarato REDE ES Não
Marcos do Val PODEMOS ES Sim
Rose de Freitas PODEMOS ES Sim
Goiás
Jorge Kajuru CIDADANIA GO Sim
Luiz do Carmo MDB GO Sim
Vanderlan Cardoso PP GO Sim
Maranhão
Eliziane Gama CIDADANIA MA Não
Roberto Rocha PSDB MA Sim
Weverton PDT MA Não
Minas Gerais
Antonio Anastasia PSDB MG Sim
Carlos Viana PSD MG Sim
Rodrigo Pacheco DEM MG
Mato Grosso do Sul
Nelsinho Trad PSD MS Sim
Simone Tebet MDB MS Sim
Soraya Thronicke PSL MS Sim
Mato Grosso
Jayme Campos DEM MT Sim
Juíza Selma PODEMOS MT Sim
Wellington Fagundes PL MT Sim
Pará
Jader Barbalho MDB PA Sim
Paulo Rocha PT PA Não
Zequinha Marinho PSC PA Sim
Paraíba
Daniella Ribeiro PP PB Sim
José Maranhão MDB PB Sim
Veneziano Vital do Rêgo PSB PB Não
Pernambuco
Fernando Bezerra Coelho MDB PE Sim
Humberto Costa PT PE Não
Jarbas Vasconcelos MDB PE Sim
Piauí
Ciro Nogueira PP PI Sim
Elmano Férrer PODEMOS PI Sim
Marcelo Castro MDB PI Sim
Paraná
Alvaro Dias PODEMOS PR Sim
Flávio Arns REDE PR Sim
Oriovisto Guimarães PODEMOS PR Sim
Rio de Janeiro
Arolde de Oliveira PSD RJ Sim
Flávio Bolsonaro PSL RJ Sim
Romário PODEMOS RJ Sim
Rio Grande do Norte
Jean Paul Prates PT RN Não
Styvenson Valentim PODEMOS RN Sim
Zenaide Maia PROS RN Não
Rondônia
Acir Gurgacz PDT RO Não
Confúcio Moura MDB RO Sim
Marcos Rogério DEM RO Sim
Roraima
Chico Rodrigues DEM RR Sim
Mecias de Jesus REPUBLICANOS RR Sim
Telmário Mota PROS RR Sim
Rio Grande do Sul
Lasier Martins PODEMOS RS Sim
Luis Carlos Heinze PP RS Sim
Paulo Paim PT RS Não
Santa Catarina
Dário Berger MDB SC Sim
Esperidião Amin PP SC Sim
Jorginho Mello PL SC Sim
Sergipe
Alessandro Vieira CIDADANIA SE Sim
Maria do Carmo Alves DEM SE Sim
Rogério Carvalho PT SE Não
São Paulo 
José Serra PSDB SP Sim
Major Olimpio PSL SP Sim
Mara Gabrilli PSDB SP Sim
Tocantins
Eduardo Gomes MDB TO Sim
Irajá PSD TO Não
Kátia Abreu PDT TO Sim

Humberto Costa diz que Paulo Guedes é discípulo de Pinochet

Para o líder do PT,senador Humberto Costa, a reforma da previdência retira direitos histórico dos trabalhadores. “As pessoas vão trabalhar mais. É um absurdo o que se está fazendo aqui. Essa reforma vai promover mais desigualdade, mais miséria, mais pobreza, mais fome”, disse.

E chamou o ministro Paulo Guedes de discípulo de Pinochet.  “Está aí o exemplo do Chile, exemplo do ministro da Economia, Paulo Guedes. Esse discípulo de Pinochet quer fazer aqui o que fizeram lá”.

Aprovado o texto-base da reforma da Previdência

O Plenário do Senado Federal aprovou em segundo turno nesta terça-feira (22), com 60 votos favoráveis e 19 votos contrários, a reforma da Previdência (PEC 6/2019). Mas ficaram pendentes de votação um destaque apresentado pelo PT e outro pela Rede, que serão votados na quarta-feira (23), a partir das 9h.

A principal medida da reforma da Previdência é a fixação de uma idade mínima (65 anos para homens e 62 anos para mulheres) para a aposentadoria, extinguindo a aposentadoria por tempo de contribuição. O texto também estabelece o valor da aposentadoria a partir da média de todos os salários (em vez de permitir a exclusão das 20% menores contribuições), eleva alíquotas de contribuição para quem ganha acima do teto do INSS (hoje em R$ 5.839,00) e estabelece regras de transição para os trabalhadores em atividade.

Cumprida a regra de idade, a aposentadoria será de 60% com o mínimo de 15 anos de contribuição. Cada ano a mais eleva o benefício em dois pontos percentuais, chegando a 100% para mulheres com 35 anos de contribuição e para homens com 40.

O objetivo com a reforma, segundo o governo, é reduzir o rombo nas contas da Previdência Social. A estimativa de economia com a PEC 6/2019 é de cerca de R$ 800 bilhões em 10 anos. O Congresso ainda vai analisar uma segunda proposta (PEC 133/2019) que contém alterações e acréscimos ao texto principal, como a inclusão de estados e municípios nas novas regras previdenciárias.

A reforma foi aprovada em primeiro turno no início de outubro, com 56 votos favoráveis e 19 contrários — são necessários pelo menos 49 votos para a aprovação de uma PEC. Os senadores derrubaram um dispositivo do texto que veio da Câmara dos Deputados: as novas regras do abono salarial. Como se trata de uma supressão, essa mudança não provocará o retorno da PEC 6/2019 à Câmara dos Deputados.

Antes de anunciar o resultado da votação principal, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, registrou a presença em Plenário do ministro da Economia, Paulo Guedes.

— O Senado da República, o Congresso Nacional e a Câmara dos Deputados enfrentaram, este ano, uma das matérias mais difíceis, mas, ao mesmo tempo, mais importantes para a nação brasileira. O Parlamento mostra maturidade política, mostra responsabilidade. O Congresso Nacional cumpre com as suas responsabilidades. O Parlamento brasileiro entrega a maior reforma da previdência da história deste país para o Brasil e para os 210 milhões de brasileiros. Obrigado a todos os senadores pela paciência. Hoje o Senado Federal demonstra grandeza com a votação desta matéria. Parabéns a todos e a todas! — disse Davi.

Destaques rejeitados

Em votações no painel eletrônico, os senadores rejeitaram dois destaques apresentados por partidos da oposição para modificar o texto da reforma. Outros dois não foram votados.

Por 57 votos a 20, o Plenário rejeitou o destaque apresentado pelo senador Weverton (PDT-MA) que retiraria da reforma a revogação de regimes de transição que ainda existem frutos de reformas de governos anteriores.

Já o destaque do senador Telmário Mota (Pros-RR) foi rejeitado por 57 votos a 19. A intenção era beneficiar trabalhadores na comprovação de tempo de serviço com insalubridade.

Votação suspensa

Devido a dúvidas de senadores sobre o teor das mudanças na Constituição, os destaques apresentados por Humberto Costa (PT-PE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) tiveram suas votações adiadas para a quarta-feira (23). A dúvida dos senadores é se o texto da reforma pode ou não atingir direitos de quem trabalha em atividade periculosa.

O destaque do PT visa diminuir os prejuízos na aposentadoria de trabalhadores que exercem atividades com efetiva exposição a agentes nocivos químicos, físicos e biológicos. O destaque da Rede trata da idade mínima desses mesmos trabalhadores.

Defendido em discurso do senador Paulo Paim (PT-RS), o terceiro destaque acabou por ter a votação suspensa. Após questão de ordem do senador Eduardo Braga (MDB-AM), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, suspendeu a votação dos destaques, marcando para esta quarta-feira (23), às 9h, sessão para continuar a análise do texto.

Eduardo Braga explicou a razão de os senadores estarem em dúvida sobre a votação dos últimos destaques.

— Hoje, o trabalhador brasileiro tem direito à aposentadoria por periculosidade? A informação que circula aqui no Plenário é que, em 1995, uma Emenda Constitucional retirou a periculosidade da Previdência. Eu indago à Mesa: essa informação procede? — disse Braga.

Davi Alcolumbre respondeu que o teor do discurso de Paim estava correto e leu o texto constitucional, que será modificado pela PEC 6/2019: “§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar.”

O presidente do Senado ressalvou, porém, que o líder do governo, Fernando Bezerra, se comprometeu a atender posteriormente, em lei complementar, os trabalhadores que pudessem ser prejudicados. Mas diante do impasse, Davi preferiu suspender a votação.

Fonte: Agência Senado