Jogando xadrez – Dom Pedro Conti

Jogando xadrez
Dom Pedro José Conti, bispo de Macapá

       O velho padre da paróquia tentou ajudar um pecador a emendar-se. Convidou-o para uma partida de xadrez, um jogo do qual sabia que ambos gostavam. Durante a partida fez um movimento errado. O homem ia aproveitar-se do engano, mas o padre pediu para desculpá-lo, dizendo que prestaria mais atenção na próxima vez. Pouco depois, porém, errou de novo. Desta vez o adversário se negou a relevar a falha. Disse-lhe então o padre, com a maior simplicidade: – Amigo, ficas tão Continue lendo

O corte perfeito

O corte perfeito
Dom Pedro José Conti – Bispo de Macapá

 Certo homem foi nomeado mandarim na China, uma espécie de conselheiro. Envaidecido, pensou em mandar confeccionar roupas novas. Para isso, um amigo lhe recomendou um alfaiate que sabia dar o corte perfeito à roupa de cada cliente. Depois de tomar nota de todas as medidas necessárias para o serviço, o homem perguntou: Continue lendo

O início da televisão em Macapá

O início da televisão
Cléo Farias de Araújo

Antes de 1974, só assistia televisão quem viajasse pra fora de Macapá. Belém era o lugar mais próximo. Era comum alguém, “querendo aparecer” pros outros, dizer que assistiu tal programa ou tal novela em Belém. Imagem, mesmo, só nos cines João XXXIII, Macapá e Paroquial, pois ainda estávamos na era da novela de rádio.

Depois de algum tempo, surgiram boatos de que, na casa do Seu Assis da SEVEL, a antena era tão poderosa que pegava uma emissora de Caracas, na Venezuela. Aí começou a multiplicação de antenas na cidade. Lembro que tinha uma na casa do Pachequinho e outra, na casa do seu José Maria Papaléo, da Continue lendo

Uma crônica de Elton Tavares

O Capitão Caverna, o meu super- herói favorito
Elton Tavares

Adoro desenhos animados antigos, mas não sou muito chegado nos que são exibidos agora. Normal, tô ficando velho. Concordo que as animações antigas perdem em recurso tecnológico para os “mangás & Cia” que passam na TV atualmente, mas ganham, e muito, em criatividade dos de hoje. Pois eles eram engraçadíssimos e possuíam uma originalidade fantástica.

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A mercadoria mais preciosa

A mercadoria mais preciosa
Dom Pedro José Conti, Bispo de Macapá

Certa vez, um homem sábio viajava num navio com vários comerciantes. Um deles, bisbilhoteiro, perguntou-lhe:

– São muitas as mercadorias que o senhor leva?

– São muitas, sim, preciosas, e… não tenho nenhum medo do mar! – respondeu imediatamente o sábio.

Na realidade, ele não tinha nenhuma caixa no porão do navio e Continue lendo

A glória de Maria

A glória de Maria
Dom Pedro José Conti, Bispo de Macapá

 Tomo emprestada a história milagrosa do escravo Zacarias, que encontrei numa cartilha de Novena do Tricentenário de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. “O escravo Zacarias estava sendo reconduzido à fazenda de onde fugira, em Curitiba, Paraná. Preso por grossas correntes, ao passar perto do Santuário, Zacarias pediu ao seu feitor que o deixasse rezar na porta da Capela da Santa Aparecida. Recebendo a autorização, o escravo ajoelhou-se e rezou uma prece sentida. O que teria pedido? Continue lendo

O diamante do mendigo

O diamante do mendigo
Dom Pedro José Conti – Bispo de Macapá

Certa vez, um mendigo chegou a uma pequena cidade. Estava com fome e não sabia como e onde passaria a noite. Mostrando segurança, bateu na porta da casa do usurário mais famoso da região.

– Não venho pedir esmola – falou decidido – o meu assunto é negócio, um grande negócio.

Apesar da roupa toda esfarrapada do pobre, o usurário, sempre interesseiro, o convidou a entrar. O mendigo fechou, cautelosamente, a porta atrás de si e, com ar misterioso, disse em voz baixa ao ouvido do rico: Continue lendo

O diamante do mendigo

O diamante do mendigo
Dom Pedro José Conti, Bispo de Macapá

Certa vez, um mendigo chegou a uma pequena cidade. Estava com fome e não sabia como e onde passaria a noite. Mostrando segurança, bateu na porta da casa do usurário mais famoso da região.

– Não venho pedir esmola – falou decidido – o meu assunto é negócio, um grande negócio. Continue lendo

Uma crônica de Flávio Cavalcante

Caixote Mágico
Flávio Cavalcante
Fundada em setembro de 1950, por Assis Chateaubriand, a TV Tupi de São Paulo foi a primeira emissora de televisão do Brasil. Porém, a revolucionária invenção do escocês John Baird demorou a se espalhar pelo restante do país, especialmente pelas pobres regiões do nordeste.
     Também naquela metade do século passado, fugindo das intempéries do sertão cearense, o ferreiro Chico Basil viajou para São Paulo. Na progressista região teve a oportunidade de conhecer o impressionante invento.
     Depois de um bom tempo trabalhando na terra da garoa, na volta para o Ceará Chico explicou para o seu velho pai, Antônio Basil de Oliveira, a novidade do sul:
     – Papai, o sinhô carece vê uma coisa que tem no São Paulo. É uma caixa de madeira que daqui de Várzea Alegre nós enxerga e ouve uma pessoa que tá conversano lá nas banda das Lavras da Mangabeira.
      O cético sertanejo Antônio Basil logo retrucou:
    – Chico, meu fi, deixa de leriado*. Eu ainda tou custano** a acreditar na caixa que só fala e ocê vem com outra que enxerga o povo que noutras paragens.

(* vocábulo cearense que significa “conversa fiada”
** flexão do verbo custar, que, no ceará, é sinônimo de demorar)

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