Réveillon na Beira Rio

Mais de 30 atrações artísticas e culturais estão confirmadas na tradicional festa de réveillon da Beira Rio, organizada pelo Governo do Amapá, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). A programação que, celebra a chegada de 2014, será dividida em dois palcos, um no Anfiteatro da Fortaleza de São José (palco principal) e outro na Praça do Coco.

Um público estimado em 100 mil pessoas deve prestigiar o evento. A Polícia Militar vai reforçar a segurança empregando um efetivo de 320 policiais.

As apresentações com cantores, bandas, atrações gospel, grupos de teatro e de dança iniciam as 19h, com nomes da música amapaense como Oneide Bastos, Claudete Moreira, Ana Martel, Naldo Maranhão, Adriana Raquel, Patrícia Bastos, Marcelo Dias, Zé Miguel, Brenda Melo, Amadeu Cavalcante, Val Miolhomen, Joãozinho Gomes, Rambolde Campos, Nonato Santos e Banda Placa.

A festa conta ainda com o show pirotécnico que ilumina e colore o céu de Macapá. A tradicional queima de fogos é uma atração à parte e será acionada em uma estrutura montada em balsas posicionadas no rio Amazonas. São sete toneladas de fogos de artifício que devem durar cerca de 10 minutos.

O show da virada ficará por conta dos cantores regionais que se apresentam no palco principal. Artistas como Nivito Guedes, Ramon Frazeli, Edilson Moreno (Belém-PA), Negro de Nós, Finéias Nelluty e banda Zankerada farão a festa que deverá encerrar somente às 5 horas da manhã.

Além da capital, a programação de boas vindas ao Ano Novo organizada pela Secult, também acontece nos municípios de Santana, Laranjal do Jari e Oiapoque, com queima de fogos e apresentação de artistas locais.

(Secom-GEA)

Anderson Silva é operado com sucesso e pede desculpas a brasileiros

LAS VEGAS – A noite de sábado não terminou como Anderson Silva esperava. O brasileiro viu o sonho de recuperar o cinturão dos médios no UFC acabar no início do segundo round da luta contra Chris Weidman. Ao tentar dar um chute na perna do oponente, Anderson sofreu uma fratura na perna esquerda, que deu a vitória ao adversário e chocou todos que estavam assistindo à luta. Foi o segundo confronto entre os dois lutadores. No dia 7 de julho de 2013, o brasileiro também foi derrotado pelo norte-americano e perdeu o cinturão dos pesos médios depois de sete anos.

A lesão foi grave e o brasileiro precisou deixar o octógono de maca, direto para um hospital em Las Vegas. Horas depois, a Zuffa, empresa proprietária do UFC, informou que Anderson Silva já passou por cirurgia, que foi realizada com sucesso, e terá que ficar de três a seis meses afastado do esporte.

“Após o evento principal do UFC 168, o ex-campeão Anderson Silva foi levado a um hospital de Las Vegas e passou por cirurgia para reparar a perna esquerda quebrada. A cirurgia de sucesso inseriu um pino intramedular na tíbia esquerda de Anderson. A fíbula quebrada foi estabilizada e não precisará de cirurgia separada. Anderson ficará internado por pouco tempo, mas não precisará de outra cirurgia no momento. O tempo de recuperação é de três a seis meses para este tipo de operação”, apontava o comunicado.

De acordo com a Zuffa, o brasileiro se mostrou feliz pelo apoio que vem recebendo. “Anderson está muito tocado pelo efusivo apoio de seus fãs e de toda comunidade do MMA. Ainda não há definições sobre seu futuro e ele gostaria de pedir privacidade no momento, já que lida com esta lesão e se prepara para voltar para casa e se recuperar.”

Já pela manhã deste domingo, Anderson Silva se manifestou pela primeira vez após a lesão. Através de sua página no Twitter, o lutador pediu desculpas aos brasileiros. “Brasil, sinto muito. Não queria ter desapontado vocês. Dei o meu melhor, eu juro”, escreveu. (Leia mais)

Previsão de réveillon chuvoso em Macapá

Virada do ano tem previsão de chuva em parte do país
Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A noite de Ano-Novo tem tendência de chuva em algumas regiões do país, informou hoje (29) o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Essa é a previsão para as regiões Centro-Oeste, parte do Sudeste (exceto Espírito Santo, norte e nordeste de Minas Gerais) e toda a Região Sul.

A chegada de uma frente fria à Região Sul deverá ocasionar chuva mais forte na noite de 31 de dezembro no Rio Grande do Sul, mas os outros estados também estão sujeitos a passar a virada do ano sob mau tempo. Entretanto, não há previsão de temporais no país, pelo menos até agora, para a chegada de 2014.

Na Região Norte, há possibilidade de um réveillon chuvoso em Rondônia, no Amazonas, em Macapá e Belém. Há também possibilidade de chuva no litoral entre as regiões Leste e Nordeste, alcançando desde Salvador até a Paraíba. Para o Rio de Janeiro, a previsão é mais otimista e pode não chover na noite de Ano-Novo, diz o Inmet.

A previsão para os cariocas, até agora, é tempo parcialmente nublado, com névoa úmida, no último dia do ano. Para Brasília, está previsto tempo parcialmente nublado a nublado, com pancadas de chuva e trovoadas isoladas, mesma situação que deverá ocorrer na cidade de São Paulo na última noite de 2013.

Hoje no Iesap

O Instituto de Ensino Superior do Amapá (Iesap) promove hoje um sarau sobre literatura portuguesa. Da programação constam teatro, música, dança, poesia e varal cultural.

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Morre Ronald Biggs, o famoso ladrão do assalto ao trem pagador

Reuters

Ronald Biggs, o criminoso britânico conhecido por ter participado do assalto ao trem pagador em 1963 e que morou foragido no Rio de Janeiro, morreu nesta quarta-feira, aos 84 anos, informou uma porta-voz pessoal.

Biggs ganhou notoriedade há 50 anos como um dos integrantes do bando que parou o trem noturno do Royal Mail britânico e roubou 2,6 milhões de libras (4,2 milhões de dólares), o equivalente a cerca de 40 milhões de libras atualmente. A história inspirou diversos filmes.

Ele tornou-se o integrante mais famoso do bando após fugir da prisão Wandsworth, em Londres, escalando o muro com uma escada de cordas. Biggs cumpria pena de 30 anos de prisão pelo assalto.

Biggs passou 36 anos foragido, a maior parte do tempo morando no Brasil. Aproveitando-se da liberdade, ele chegou a gravar a canção “No One is Innocent” (ninguém é inocente) com a panda punk britânica Sex Pistols.

Biggs finalmente entregou-se à polícia em 2001 e voltou para a prisão, mas foi solto em 2009 por problemas de saúde.

Biggs sempre disse que nunca se arrependeu do assalto, apesar de o roubo ter envolvido um ataque violento ao condutor do trem.

“Consegui um pequeno lugar na história”, disse ele em entrevista, certa vez.

A porta-voz de Biggs disse que ele morreu na manhã desta quarta-feira. Ele passou os últimos anos em uma residência para idosos no norte de Londres.

Biggs foi visto em público pela última vez em agosto, numa cerimônia no cemitério de Highgateem em homenagem a Bruce Reynolds, o mentor do assalto, que morreu em fevereiro, aos 81 anos.

(Reportagem de Belinda Goldsmith)

Sancionada a lei do passe livre para estudantes

geasancionapassesocialestudantil1O governador Camilo Capiberibe sancionou hoje a lei “Passe Social Estudantil”, de autoria do Governo Estadual e da Prefeitura de Macapá e aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa.
Tem direito ao passe livre todos os estudantes carentes cadastrados no Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Amapá (Setap) que até então pagavam meia-passagem.
A lei beneficia inicialmente cerca de dez mil estudantes que usam ônibus que circulam em Macapá e no trecho  Macapá/Santana.

(Foto: Jorge Junior – Secom/GEA)

Detentos quebram o muro do Iapen e fogem

Informações que chegam agora ao blog dão conta que cerca de 20 detentos  – alguns de altíssima periculosidade – fugiram esta tarde do Iapen (a penitenciária do Amapá). Para fugir, eles quebraram parte do muro.
No twitter, o internauta Paulo César Lamarão, que mora às proximidades do Iapen,  conta que a polícia está vasculhando o bairro Marabaixo e  Lagoa dos Índios.
“Muitos tiros são ouvidos aqui no Bairro Marabaixo e pelo menos cinco  sons parecem de  bomba de tão  altos,  até pensei que fosse dinamite”, disse ele.
As fugas sempre acontecem aos domingos no horário de visitas. “Essas fugas em massa afetam nossa rotina de domingo aqui no bairro”, diz Lamarão.

O secretário de Segurança Pública, Marcos Roberto, informou são 22 fujões do pavilhão F3 e  que nove  já foram recapturados.

Artigo – Benditos advogados militantes

Benditos advogados militantes
Elson Martins

No período da ditadura militar e civil (1964-1985) que infelicitou o país com a supressão das liberdades individuais; que prendeu, torturou e matou pessoas inocentes; que amordaçou as organizações populares e democráticas,  – eu vivi em quatro capitais: Belo Horizonte, Macapá, Belém e Rio Branco. Foi em Macapá, entretanto, onde corri mais riscos como militante de esquerda. Já em Rio Branco fui ameaçado quando exercia a atividade de repórter-correspondente do jornal O Estado de S. Paulo, cobrindo conflitos entre seringueiros e pecuaristas.

Nas duas outras cidades, Belo Horizonte (na qual permaneci de 1963 a 1969) e Belém (1970 a 1974), passei quase despercebido. Na primeira tratei de me instruir para entender a ameaça que cercava a sociedade de um modo geral, mas o golpe militar me alcançou, ainda jovem e despreparado, comprometendo meus estudos de Cinema, Belas Artes e Química Industrial. Procurei compensar isso com leituras de todo o tipo: de Marx e Lenin a Jean Paul-Sartre; de Krishnamurti a Vinicius de Moraes e Pablo Neruda; de Rainer Maria Rilke e Alceu Amoroso Lima a Campos de Carvalho.

Em Belém, me limitei a sobreviver com mulher e um casal de filhos, trabalhando numa usina de laticínios.

A partir de 1974, por obra e graça do jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto, passei a correspondente de O Estado de S. Paulo, primeiramente em Macapá (1974), depois em Rio Branco (1975-1983). Aqui começaram as dificuldades. A ditadura militar e seus seguidores, fardados ou a paisano, odiavam jornalistas abelhudos; e contavam com a conivência do poder judiciário para persegui-los. Foi então que me dei conta da existência de alguns corajosos advogados que, em diferentes regiões do país, socorriam de graça (e correndo riscos) os indefesos e “lisos” repórteres considerados de esquerda.

Conheci vários deles, pessoalmente, ou pelo noticiário nacional, e a dois entreguei minha má sorte como perseguido pela justiça “militarizada” e intolerante. No Acre me vali do Arquilau de Castro Melo, repórter do jornal alternativo Varadouro que editei em Rio Branco de 1977 a 1981. Ele fazia o curso de Direito na UFAC e logo se tornou advogado combativo, o único que ousou defender Chico Mendes, os seringueiros e suas famílias expulsas da floresta pelos pecuaristas. Nos anos noventa fez concurso para juiz e acabou na alta função de desembargador. Alguma coisa melhorou na Justiça do estado por conta de sua inteligência, caráter e sensibilidade.

No Amapá, onde militares e juízes eram parecidos nas ações e na aversão aos ditos “subversivos”, fossem jornalistas ou não, eu e o saudoso Antônio Correa Neto sofremos sob o tacão deles nas duas últimas décadas do século passado. E ai de nós (e de outros insubmissos) se não existisse o advogado Wagner Gomes, filiado ao Partido dos Trabalhadores e que atuava em parceria com o também advogado Ronaldo Serra defendendo os desvalidos. Como editores da Folha do Amapá, jornal que circulou de 1991 a 2004, demos trabalho à justiça e, claro, aos dois amigos advogados.

Quem viveu naqueles tempos, nos resquícios da ditadura, tinha quase tanto medo de um juiz quanto de um agente do DOPS, o órgão da repressão que vivia caçando subversivos no país, até dentro das igrejas; às vezes, com a conivência de algum santo padre. Era muito difícil para os jovens da época, sobretudo, alimentar sonhos de uma vida que valesse a pena sem o mínimo de amparo legal para se expressar. Por isso, um sujeito que conhecesse as leis e não abrisse mão de aplica-las, ainda que se expondo à fúria dos repressores, se tornava imprescindível.

Faço este relato para testemunhar a favor do advogado Wagner Gomes, que, nesta segunda-feira (16), estará submetendo seu nome (em eleição da categoria) para disputar um lugar na lista sêxtupla que será apresentada ao Tribunal de Justiça do Amapá – e posteriormente ao governador Camilo Capiberibe, – para uma nomeação na vaga de desembargador. Sem desmerecer outros candidatos, expresso minha preferência pensando no passado histórico, ideológico e humano que Wagner carrega em seu currículo.

Um passado também reconhecido, presumo, pelos amapaenses que aspiram viver numa sociedade tolerante, democrática e justa.