Mensagem do bispo de Macapá aos comunicadores

A todos os profissionais de comunicação do Estado do Amapá

O nascimento de Jesus não foi manchete. Ele quis nascer de família humilde e num lugar desconhecido. Bem longe dos centros do poder. Quem ia se interessar por uma criança pobre? Mas a “boa notícia” do amor do Pai, que enviava o seu Filho para nos salvar, não ficou escondida e nem abafada. Esta mesma “boa notícia” chegou até nós e ainda nos dá esperança, luz e alegria, quando acreditamos na bondade e trabalhamos para a justiça, a verdade e a paz.

Em nome da Diocese de Macapá, da Pastoral da Comunicação (Pascom) e da Fundação São José de Macapá, agradeço a todos os profissionais da comunicação do Estado do Amapá pelo esforço na educação do povo, na contribuição em prol de uma convivência mais fraterna e na defesa corajosa do bem comum.

Para todos (as) faço votos de Feliz Natal e abençoado 2015!
Dom Pedro José Conti
Bispo diocesano de Macapá

Greve dos jornalistas da EBC

Trabalhadores da EBC fazem greve de um dia por revisão do Plano de Carreira
Leonor Costa, com informações do Sindicato dos Jornalistas do DF, especial para o blog

Para secretário Nacional de Comunicação do PSOL, valorização dos
trabalhadores é condição fundamental
para fortalecimento da comunicação pública.
Outras lideranças do partido apoiam luta da categoria

Jornalistas, radialistas e funcionários do administrativo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) estão com os trabalhos paralisados durante toda esta terça-feira (09), em Brasília, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em São Luís, seguindo decisão de assembleia realizada na última quinta-feira (04). O objetivo da greve de 24 horas é pressionar a direção da EBC e o governo federal sobre a importância da revisão do Plano de Carreiras dos trabalhadores, que contempla um conjunto de medidas entendidas como fundamentais para o fortalecimento da comunicação pública. Segundo informações do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF (SJPDF), entre essas medidas estão a inclusão de mecanismos como a garantia da autonomia editorial, pisos e tabelas salariais que possam tirar a EBC da colocação de empresas do serviço público que mais remunera mal os seus funcionários (como apontou pesquisa encomendada pela própria empresa com 32 órgão públicos) e estímulos concretos à formação e qualificação dos empregados.

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Imprensa amapaense de luto

dioneAos 32 anos de idade, faleceu ontem à noite a jornalista, professora e empresária Dione Amaral. Ela se recuperava, em casa, de uma cirurgia plástica feita na quarta-feira, quando ontem apresentou febre e falta de ar. Foi levada para o hospital da Unimed e lá faleceu. A causa da morte não foi divulgada. Seu corpo foi velado até às 14h em Macapá e depois trasladado para Belém, onde ocorrerá o sepultamento amanhã.

Dione era muito querida no meio jornalístico por seu profissionalismo, ética e respeito. Admirada pelos seus alunos do curso de jornalismo da Faculdade Seama e pelos colegas professores. Amada pelos inúmeros amigos que conquistou na sua breve passagem por esse plano.
A morte da jornalista foi um choque. Tão logo a notícia foi divulgada, por volta das 2h da madrugada deste domingo, amigos, colegas, alunos e ex-alunos diziam nas redes sociais que se negavam a acreditar que Dione – que era tão jovem, tão alegre, tão cheia de vida e planos – tivesse partido assim tão rapidamente.

O Sindicato dos Jornalistas do Amapá, o Governo do Estado, a Assembleia Legislativa e a Câmara de Vereadores de Macapá emitiram nota de pesar.

Dione, aqui estamos tristes, chorosos, sem entender porque partiste tão precocemente. Nós, da imprensa amapaense, estamos chocados e sem chão. Doeu, doeu muito em cada um de nós, noticiar nos grupos de whatsApp, facebook, twitter a tua morte. Mas se existem redes sociais no céu, os anjos fizeram festa noticiando teu nascimento.
Acho que assim mesmo, que o que noticiamos aqui como morte a imprensa celestial noticia como nascimento.

A trajetória de formação do telejornalista brasileiro

Pré-Conju acontece nesta segunda-feira

“A trajetória de formação do telejornalista brasileiro – do rádio à Era Transmídia” é o tema da palestra pré-congresso. O evento acontece às 18h30 desta segunda-feira (24), no auditório do Departamento de Letras, Artes e Jornalismo da Unifap, e tem entrada franca.
A palestrante é  Valquiria Kneipp,  professora do Curso de Graduação e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

“O debate tem como público alvo jornalistas e estudantes de Comunicação-Jornalismo. No entanto, pode interessar também a profissionais de áreas afins, como Publicidade, Design, RP, Administração, Gestão Pública, Marketing, Ciências Sociais, Humanidades e outras”, diz Isabel Augusto, uma das organizadoras do evento.
O pré-congresso é uma realização do Conju 2014 em parceria com Grupo de Estudos e Produção Audiovisual do Amapá (GRAAPA) “Paisagens Culturais Amapaenses”, ambos projetos do Curso de Jornalismo da Unifap.

A abertura oficial do Conju 2014 é na terça-feira (25) e o encerramento é na quinta-feira (27). O tema do congresso é: “Jornalismo: profissão, perfil e mercado”. As inscrições são realizadas pelo site www.conju.br

(Texto: Comissão de divulgação do Conju)

A República do Cunani

cuna1De vez em quando fico  folheando minha modesta coleção de revistas antigas. Gosto muito de fazer isso e gosto também de compartilhar. Então hoje divido com vocês a capa e o editorial  da edição número 8 Revista do Amapá, de novembro de 1948.
A revista era uma publicação do governo do então Território Federal do Amapá e nesta edição trazia como matéria de capa a história da vila de Cunani, que chegou a ser, por um curto período , um país independente.
Moedas da República do Cunani ficaram por muitos anos expostas no Museu Histórico-Científico Joaquim Caetano da Silva, em Macapá. De lá foram roubadas. (Sim. No Amapá se rouba tudo)
Uma das grandes atrações da vila eram os sinos da capelinha, feitos na França. Verdadeiras obras de arte.
Cunani, que fica a cerca de 300km de Macapá.
Neste editorial a revista diz que a história do Amapá clama por estudiosos. Passados quase 70 anos podemos dizer que a nossa história ainda clama por eles.
O Amapá é carente de historiadores, é carente de obras sobre sua rica história.
Dito isto, vamos ao editorial:

O sino do Cunani

A história do Amapá clama por estudiosos. Aqui e ali encontram-se referências ligeiras a um passado cheio de aventuras, de lutas e de sonhos. Mas os episódios desenrolados na imaginação dos que caminharam pelos seus rios e estradas interiores, correndo atrás de pepitas, carregando a bateia, descendo nas ravinas das montanhas para, turvando os igarapés, buscar no seu leito a pinta do ouro, ainda não tiveram o seu escritor. É mina que está por explorar.
Nossa capa constitui um exemplo vivo. Ali está o sino do Cunani, da sua capela pequenina, porém rica de tradição. Foi fundido na França, com o melhor bronze, especialmente para a Nossa Senhora do Cunani. Obra de arte perfeita, construída com carinho exemplar.
Cunani tem sua lenda no mundo. No fim do século passado e no princípio do presente serviu de motivo para comentários internacionais. Quando o Amapá atraía milhares de aventureiros à busca de filões auríferos, assistiu lindas festas e alimentou grandes ambições.
Duas vezes tentaram transformar esse lugarzinho em país independente. A primeira foi em 1886, durante a visita do célebre naturalista Henri Coudreau. Os franceses ali residentes elegeram-no Supremo Magistrado da Nação do Cunani. Conta Elisée Reclus que Paris em peso desabou às gargalhadas com esta idéia da eleição do sábio de Vauves para a presidência de um país sem súditos!… O caso é que logo após S. Excia. cercava-se de uma comitiva respeitável e seleta: foi fundada a ordem nacional Étoile de Cunani, mas esta instituição continha mais comendadores, cavaleiros e titulares do que habitantes havia em Cunani… Um belo dia o Ministro das Colônias da França, diante dos protestos do Governo brasileiro, com a penada eficaz de um decreto, fazia riscar do mapa a República de Cunani … (Alfredo Gonçalves).
A segunda ocorreu em 1903. O francês Adolfo Brezet proclamou a República do Cunani, abrangendo todo o território ex-contestado. Mas os seus áulicos tiveram sua ilusão desfeita pela Polícia de Belém.
Cunani teve também a sua moeda, cunhada na França, como possuía cerâmica original.
Hoje apenas a capela guarda a lembrança do passado glorioso. As telhas da cobertura e os tijolos do piso vieram de Marselha. Encontram-se no altar lindos castiçais e crucifixos.
Atrás da povoação acham-se os restos da linha de tiro, onde os soldados franceses faziam exercícios. Existem cafeeiros plantados no século findo que dão frutos.
Fala-se também que debaixo da capela há um subterrâneo. Alguns afirmam que ele é longo de vários quilômetros e vai até à serra do Cunani.
Aí fica um breve roteiro para os faiscadores da história amapaense. Cunani é um filão à espera de quem o descubra de novo.”

Jornalista premiado

arilson1O jornalista Arilson Freires Gomes , da TV Amapá, foi o vencedor do Prêmio Milton Cordeiro na categoria telejornalismo com uma reportagem sobre a ponte binacional exibida no Jornal Nacional (Rede Globo).
Parabéns ao Arilson e obrigada por orgulhar a categoria de jornalistas do Amapá.