STJ mantem afastamento de Moisés Souza da presidência da Assembléia

Do site do STJ

Presidente e primeiro secretário da Assembleia Legislativa do Amapá continuam afastados

A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu de forma unânime negar pedido de habeas corpus em favor dos deputados estaduais Moisés Reategui de Souza, presidente da Assembleia Legislativa do Amapá (ALEAP), e Jorge Evaldo Edinho Duarte Pinheiro, primeiro secretário. Os parlamentares foram denunciados por suposta participação em esquema que desviou mais de R$ 5 milhões dos cofres públicos entre 2011 e 2012. Foram acusados de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e outros delitos.Segundo o processo, Moisés Reategui e Jorge Evaldo teriam sido responsáveis por um contrato da ALEAP com uma empresa de aluguel de veículos. O Ministério Público do Amapá (MPAP) denunciou as irregularidades do pacto, destacando que houve dispensa de licitação, aumento de valores por meio de aditivo e prorrogação do contrato.O MPAP também apontou que não havia controle de quais veículos eram locados, já que não havia registros das placas, dos modelos ou das quilometragens rodadas. O órgão ministerial observou que haveria diversos indícios e testemunhos de que os serviços nem sequer eram prestados.Por fim, foi apontado que os deputados do estado já recebiam verba indenizatória, que era usada para o aluguel de veículos quando necessário. O fato era de conhecimento dos dois réus. Além disso, por ocuparem as funções de presidente e primeiro secretário, os acusados tinham obrigação de supervisionar a adequada execução dos contratos.Afastamento

Foi pedida a prisão preventiva e o afastamento cautelar dos réus para evitar interferência nas investigações. O Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) afastou os dois parlamentares de todas suas funções e proibiu que entrassem no prédio da assembleia. O TJAP negou recursos posteriores dos acusados.No STJ, a defesa dos réus alegou haver constrangimento ilegal, pois o artigo 20 da Lei 8.429/92, que regula o afastamento de agentes públicos dos seus cargos durante investigações, não se aplicaria ao caso. O artigo trata do afastamento em ações de improbidade e não em processos criminais. A defesa também sustentou que o afastamento foi baseado em dados abstratos e genéricos, sem definir como os deputados iriam interferir no processo.Também afirmaram que as provas dos autos seriam inconstitucionais, pois o Ministério Público não poderia dirigir a investigação ou produzir provas. Afirmaram ainda que o processo estaria parado, pois alguns corréus não foram localizados. Isso iria contra os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, por haver negativa de prestação jurisdicional. Por fim, pediram a volta dos réus aos seus cargos ou que o TJAP cumpra os prazos processuais.Atuação do MP

No seu voto, o relator do processo, ministro Jorge Mussi, considerou a alegação de constrangimento ilegal prejudicada. Informou que o TJAP já recebeu a denúncia contra os réus, com nova fundamentação, ainda não discutida nas instâncias inferiores.

“Por conseguinte, estando-se diante de novo título que impõe medida cautelar aos pacientes, o qual não foi objeto de impugnação na inicial do writ, verifica-se a prejudicialidade do presente remédio constitucional no ponto”, afirmou. Pelo mesmo motivo, não haveria excesso de prazo ou demora injustificada no processo, sendo desnecessário pedir providências ao tribunal do estado.

O relator apontou ainda que as provas no processo não são inconstitucionais ou ilegais. As investigações dirigidas pelo MP, ele esclareceu, têm sido tema de muito debate, mas a jurisprudência do STJ tem admitido essa atuação. “Como se sabe, ambas as Turmas que integram a Terceira Seção deste Superior Tribunal de Justiça têm entendimento consolidado no sentido de que o Ministério Público possui a prerrogativa de instaurar procedimento administrativo de investigação e conduzir diligências investigatórias”, afirmou.   (Leia mais)

PRE/AP denuncia deputado Gatinho por compra de votos

A Procuradoria Regional Eleitoral no Amapá (PRE/AP) denunciou o deputado estadual Ocivaldo Serique Gato (PTB)- conhecido como Gatinho – por compra de votos. A ação penal foi ajuizada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AP) na terça-feira, 5 de março. Em caso de condenação, Ocivaldo Gato pode cumprir pena de reclusão de até quatro anos.

Na ação, a PRE/AP refere-se à prisão em flagrante de Gatinho no dia 18 de agosto de 2010. Durante a operação policial foi encontrado com o deputado expressiva quantia em dinheiro, material esportivo (camisas de time, bolas de futebol), relação com nomes e números de títulos de eleitores, tíquetes de combustível e material de campanha.

Contas de IPTU, água, energia elétrica e boletos de inscrições em concurso público em nome de terceiros e pagas pelo candidato, também foram apreendidos. Em depoimento, os titulares das contas afirmaram que cabos eleitorais de Gatinho ofereceram o pagamento das dívidas em troca de votos.

Pelos mesmos fatos, em dezembro de 2010, a PRE/AP representou ao TRE/AP contra o deputado. Após recurso, em junho de 2012, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reconheceu a compra de votos e cassou o mandato de Gatinho. O deputado ainda permanece na Assembleia Legislativa porque aguarda julgamento de embargos de declaração -tipo  de recurso que contesta decisão do TSE.

(Assessoria de Comunicação Social da Procuradoria da República no Amapá)

Deputados receberam mais de R$ 23 milhões de verba indenizatória e diárias

Em 2011 os deputados estaduais do Amapá receberam mais de R$ 23 milhões a título de verba indenizatória e diárias.
É o que se vê nos documentos apreendidos pelo Ministério Público Estadual durante a Operação Eclésia.
A Operação foi deflagrada em maio do ano passado, quase um ano depois – com alguns casos já encerrados – se começa a ter acesso aos documentos, como este quadro demonstrativo das despesas com verba indenizatória e diárias que este blog teve acesso ontem.

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Vale lembrar que em 2011, enquanto os deputados estaduais engordavam suas contas bancárias com R$ 23.188.409,42, o orçamento dos órgãos de segurança não chegava a R$ 18 milhões.
A dotação orçamentária da Polícia Militar era de  R$ 6.587.025,00; Polícia Civil –  R$ 4.200.180,00; Corpo de Bombeiros Militar – R$ 4.506.475,00;  e Polícia Técnico-Científica – R$ 2.397.570,00.

Seminário “Cidades Eficientes” vai reunir os 16 prefeitos do Amapá hoje

Será realizado hoje, sexta-feira, das 14h às 19h30 no auditório da Caixa Econômica Federal o seminário “Cidades Eficientes: como captar recursos e desenvolver cidades”.
O seminário – que tem como público alvo os 16 prefeitos do Amapá e secretários municipais –  é uma iniciativa do  mandato do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) em parceira com a Caixa Econômica Federal e apoio da Associação dos Municípios do Estado do Amapá (AMEAP).

A ideia é estimular  as prefeituras a se tornarem aptas a receber  recursos federais e mostrar como podem ser acessados estes recursos, valores que podem ser aplicados em diversas áreas, como saúde e educação, por exemplo. “Só ciente de sua responsabilidade, o gestor municipal pode organizar a máquina pública para atender às demandas da população, tornando-se um agente comprometido e promotor de políticas públicas”, afirma o senador Randolfe.

Um dos pontos altos do seminário será a palestra “Como captar recursos federais”, que será proferida pelo Olmo Xavier, da Secretaria de Relações Internacionais da Presidência da República.
Técnicos da CEF vão proferir palestra sobre o tema “Como desenvolver cidades”.
Durante o seminário todos os prefeitos e secretários municipais receberão exemplares da cartilha  “Encontro Nacional com novos prefeitos e prefeitas”, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Serviço:
Palestra: Como captar recursos federais – Olmo Xavier – Subchefe Adjunto –  SAF/SRI – Presidência da República
Palestra: Como desenvolver cidades – Técnicos da Caixa.
– Debate
Horário: 14h às 19h30
Data: Sexta-feira, 1 de março de 2013
Local: Auditório da Caixa Econômica Federal (Av. Pedro Lazarino – Buritizal)

(Texto: Carla Ferreira, da assessoria de comunicação do senador Randolfe)

Cláudia Capiberibe assume a SIMS

A primeira-dama Cláudia Camargo Capiberibe será empossada amanhã no cargo de secretária de Estado da Inclusão e Mobilização Social.
Esta é a segunda vez que uma primeira-dama assume a SIMS. A primeira foi Marília Góes, no chamado governo da harmonia de Waldez Góes.
Dos quatro governadores eleitos no Amapá, apenas Anníbal Barcellos não nomeou a esposa para ocupar cargo na administração.
O senador João Alberto Capiberibe quando governou o Amapá nomeou a mulher Janete Capiberibe para o cargo de Secretária da Indústria e Comércio e – verdade seja dita – Janete deu conta do recado muito bem.

Ninho dos tucanos no governo

Por indicação do PSDB, mais especificamente do deputado federal Luiz Carlos, o advogado Marco Antônio assume amanhã o Diagro, em substituição a Marcos Aurélio que estava no cargo interinamente e era escolha pessoal do governador Camilo Capiberibe.

Com a posse de Marco Antônio, os tucanos começam a montar ninho na administração estadual.

Cinco candidatos disputam a prefeitura de Pedra Branca

O prazo para registro de candidaturas na eleição suplementar de Pedra Branca do Amapari, para prefeito e vice-prefeito, terminou no último domingo (17) e cinco candidatos requereram registro junto ao Cartório da 11ª Zona Eleitoral.

Segundo dados do Sistema de Registro de Candidaturas – DivulgaCand, constam os registros de Elizabeth Pelaes dos Santos e Carlos Alexandre Campos Costa como candidatos da coligação ‘A Força Jovem’ (PTN/PMN); Francisco da Costa Cunha e Evandro da Silva Damião, pelo PSOL; Genival Gemaque Santana e Nanci de Souza Brito pela coligação ‘Compromisso, Trabalho e Lealdade’ (PDT / PTB / PR / DEM / PRP); Ocir de Oliveira Lobato e David Alves registraram candidatura pelo PSB; e Wilson de Souza Filho e Francisco Adriano Justino da Silva pela coligação ‘Juntos pelo Povo’ (PMDB / PSC / PTC / PSB / PV / PSDB / PSD / PC do B).

A eleição suplementar de Pedra Branca do Amapari será realizada no dia 7 de abril

(Assessoria de Comunicação do TRE-AP)

Governo anuncia que fará parceria com a Prefeitura

“Enquanto o Randolfe não disser claramente, aqui, que não vai concorrer ao governo em 2014, vou deixar o Clécio a pão e água. Ele não vai aguentar”. A frase foi atribuída ao governador Camilo Capiberibe (PSB) e foi um dos assuntos mais comentados no fim de semana nas redes sociais, sites, jornais, feiras, mercearias, praças… Enfim em todas as rodas, a política do “pão e água” era pauta.
O primeiro a publicar sobre o assunto foi o veterano jornalista Correa Neto, que dirige um dos sites mais lidos do Amapá.
Em resposta ao Correa Neto, o  governador postou em sua página no Facebook que não precisa mandar recados ao prefeito Clécio Luís “pela simples razão de ter um diálogo franco e aberto com ele sobre a política de parcerias” e que “uma candidatura do senador Randolfe Rodrigues ao governo do Amapá é uma decisão legítima e soberana do seu partido, PSOL, e não passa nem por mim e nem pelo trabalho que podemos e deveremos fazer conjuntamente pelo povo de Macapá.
A resposta de Camilo parece até que colocou mais lenha na fogueira.  De um lado defensores do governo se mostraram contra qualquer parceria Estado/Município pregando que o prefeito que se vire para resolver os problemas da cidade; do outro lado, aliados do prefeito e os cidadãos que sentem na pele os problemas causados pela buraqueira que toma conta de Macapá defendiam a parceria em favor do povo, defendiam que se coloque os interesses do povo acima das questões partidárias -questões muitas das vezes medíocres .

Os mais exaltados passaram a divulgar maciçamente nas redes sociais a frase “Camilo odeia Macapá”, depois que o prefeito Clécio informou que esteve três vezes com o governador Camilo Capiberibe para tratar de parcerias e “até agora” não tinha recebido resposta. Enquanto esperava resposta tratou de se “virar sozinho” e conseguiu sensibilizar uma empresa para emprestar asfalto para a Prefeitura que será usado em operação emergencial de tapa-buracos que começa quinta-feira. Conseguiu também, com o apoio do senador Randolfe Rodrigues e do deputado federal Evandro Milhomem que uma equipe de técnicos da Petrobrás venha  a Macapá ajudar na busca soluções para o problema dos buracos nas vias da cidade. A equipe chega hoje.

E depois de tanto disse-me-disse nos bastidores do poder,  hoje pela manhã, ao inaugurar uma escola, o governador Camilo Capiberibe anunciou que fará parceria com a Prefeitura para asfaltar a cidade, a exemplo do que já vem fazendo com outros municípios. E mais: decidiu ceder cinco prédios para abrigar escolas municipais. Os prédios estão ociosos, a prefeitura solicitou-os há cerca de 15 dias. Hoje, Camilo informou que os prédios serão liberados para o município e que só não o fez antes porque não tinha conhecimento da solicitação. “Foi feita de secretaria para secretaria”, argumentou. E arrematou: “eu só fiquei sabendo através da imprensa”.
Deveria ter aproveitado para dar um ralho em seu secretariado. Né não?

Se Camilo disse ou não disse que ia deixar o prefeito Clécio Luís a pão e água, o certo é que o povo que não tem nada ou quase nada a ver com as picuinhas políticas  é quem estava ficando a pão e água – pão amargo e água empoçada e lamacenta. E não se acomodou. Gritou através das redes sociais, jornais, emissoras de rádio e televisão. Cobrou atitude tanto do prefeito como do governador e acabou por derrotar aqueles que, de olho em 2014, trazem pregado na testa o slogan “quanto pior, melhor” .

Os donos dos buracos

Senador, ex-governador e ex-prefeito de Macapá, João Capiberibe (PSB), entrou no debate, no Twitter, sobre a buraqueira que toma conta de Macapá e saiu-se com essa:

“Esses buracos já foram do Azevedo, meus e do Papaléo, também de Barcellos, João Henrique e Roberto Góes, agora são todinhos do Clécio.”